Sul-mato-grossenses ganham destaque nacional após participarem de evento no RJ

Há mais de 60 anos, o artesão, Sebastião de Souza Brandão, de 78 anos, se dedica ao cururu, um ritmo em que uma história é contada pelo curueiro, enquanto toca a Viola-de-Cocho. “Para mim, a Viola-de-Cocho é um tesouro nacional, é o meu xodó. Quando eu nasci meu pai já cantava cururu, meus tios, meu pai cantava para eu dormi”, relata.

Ensinamentos que continuam sendo compartilhados, em uma oficina, nos fundos de casa, Sebastião ensina a arte de fazer a Viola-de-Cocho. O que rendeu em 2013, uma homenagem do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O trabalho ganhou destaque nacional, e Sebastião foi convidado a participar da semana pantaneira no centro do Rio de Janeiro este mês. Mas ele não foi o único pantaneiro presente na feira nacional, o cozinheiro de comitiva, Edson Lopes da Silva também se apresentou no evento.

Aos 50 anos, ele saiu de Miranda, cidade distante a 190 km de Campo Grande, com destino ao Rio de Janeiro, para mostrar um pedacinho da sua cultura.

“Tudo isso foi incrível, ainda mais levando a nossa cultura para o meio da Praça do Tiradentes”, diz. Lá, ele cozinhou ao vivo e ainda declamou um poema em homenagem ao Pantanal, onde nasceu, cresceu e aprendeu a amar.