Usinas de etanol em Mato Grosso do Sul atingem produção recorde com incentivos do Governo

Usinas de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul alcançaram um marco significativo na produção de etanol, registrando um aumento de 3,8% na moagem de cana, totalizando 46,3 milhões de toneladas nesta safra. Este crescimento é atribuído ao apoio do Governo do Estado aos biocombustíveis, uma iniciativa crucial para o setor sucroenergético.

A Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul) reportou um aumento de 16,6% no processamento de cana em comparação com o mesmo período do ciclo anterior. O Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou o papel estratégico do setor na obtenção do status de Estado Carbono Neutro em 2023. Ele enfatizou as medidas adotadas pelo Governo de Mato Grosso do Sul, incluindo um decreto que permite às usinas de etanol utilizar créditos de ICMS acumulados nas operações de etanol anidro.

O Governo Estadual tem se comprometido a valorizar os biocombustíveis produzidos localmente, com especial atenção à cana-de-açúcar e ao milho, ambos com baixa pegada de carbono. Este suporte inclui autorizações da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para que as usinas sucroenergéticas utilizem seu crédito de ICMS em investimentos que promovam o desenvolvimento econômico e social, além de contribuir com o Fundo Estadual de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (PRÓCLIMA).

A produção de açúcar também apresentou um aumento significativo, superando 2 milhões de toneladas, um crescimento de 55% em comparação com o mesmo período do ciclo anterior. Essa expansão consolida Mato Grosso do Sul como o 5º maior produtor de açúcar do país, contribuindo significativamente para a receita de exportação do Estado.

Além disso, a produção de etanol totalizou 3,2 bilhões de litros até 30 de novembro, divididos entre etanol hidratado e anidro. A bioeletricidade, gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar, também teve um aumento, exportando 1,4 milhão de MWh para o Sistema Interligado Nacional (SIN), um crescimento de 9,7% em relação ao ano anterior.

Esses avanços no setor sucroenergético são vistos como um impulso para a geração de empregos, o desenvolvimento regional e a participação na balança comercial do Estado, reforçando a posição de Mato Grosso do Sul como um produtor chave de energia limpa e renovável.