Por João Paulo Ferreira | 5 dezembro, 2023 - 15:08
A cronologia dos eventos envolvendo a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (FAPEC) começou com a aplicação dos vestibulares da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), realizada no domingo (3), e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), ocorrida em 26 de novembro. Após estas provas, professores de cursinhos pré-vestibulares e estudantes denunciaram erros de digitação e questões sem alternativas corretas.
A professora Milena Basso, especialista em cursinho pré-vestibular, liderou um “protesto virtual” a partir de segunda-feira (4), promovendo a hashtag #mudaFapec. O movimento ganhou o apoio de cerca de 70 professores. Milena criticou a FAPEC por erros recorrentes nas provas, afirmando que tais falhas comprometem a credibilidade da instituição e afetam negativamente professores e alunos. Ela mencionou erros específicos, como na questão 24 do Vestibular UFMS 2024, onde “seguimentos” foi usado no lugar de “segmentos”, e falhas nas questões de Biologia, números 32 e 41, que não tinham alternativas corretas.
Essas críticas foram reforçadas por uma estudante de 22 anos, que prestou os vestibulares da UFMS e UEMS. Ela expressou frustração com a recorrência de erros nos exames organizados pela FAPEC ao longo dos anos, questionando a eficácia das revisões prometidas pela fundação.
Diante dessas reclamações, a FAPEC emitiu uma nota oficial defendendo a integridade do processo de elaboração das provas. A fundação assegurou que a banca de elaboradores é composta por especialistas e que todos os procedimentos seguem padrões profissionais.
No entanto, a situação escalou com o recebimento de uma ameaça hacker por parte da FAPEC. O email, supostamente enviado por um membro do coletivo internacional Anonymous, expressou insatisfação com a prova e exigiu uma solução imediata para o problema. O autor do email informou que o ataque cibernético ao portal da FAPEC foi um protesto.
Este cenário evidencia a tensão entre a responsabilidade das instituições educacionais em garantir justiça e qualidade nos processos seletivos e o poder dos grupos ativistas em reivindicar mudanças, especialmente em um contexto digital.
21 novembro, 2024
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