Fale Conosco Entre em Nosso Grupo Fale com a Redação Estudantes de MS inovam na agricultura familiar com projeto agroecológico em Anhanduí - Jornal OSM - O sul-mato-grossense
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Estudantes de MS inovam na agricultura familiar com projeto agroecológico em Anhanduí

Iniciativa incentiva práticas sustentáveis e garante alimentos frescos para escola e comunidade

Por João Paulo Ferreira | 14 outubro, 2024 - 16:31

Estudantes do ensino médio da Escola Estadual Pólo Francisco Cândido de Rezende, no distrito de Anhanduí, Mato Grosso do Sul, estão inovando na agricultura familiar por meio de um projeto agroecológico que incentiva a sustentabilidade e a produção de alimentos frescos para a comunidade local e escolar. A proposta foi selecionada pelo Programa de Iniciação Científica e Tecnológica (Pictec) e faz parte de uma iniciativa apoiada pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado), com o objetivo de promover práticas sustentáveis e o desenvolvimento da região.

O projeto, intitulado “Sistema da Tecnologia Social das Hortas Mandalas: Integrando Educação Profissional e Educação do Campo na perspectiva do Desenvolvimento Sustentável”, envolve quatro alunos do segundo ano do ensino médio: Ariel Pereira, Michele Nascimento, Samara Silva e Thiago Andrade. Sob a orientação da professora Caroline Silveiro Mossi e coorientação das professoras Letícia Patricia de Castro e Amanda Uchoa, os alunos conversaram com agricultores da comunidade para identificar cultivos viáveis, como alface, couve, beterraba, cenoura, milho e maracujá, aplicando um sistema de plantio circular, conhecido como horta mandala.

“O formato circular das hortas mandalas permite que as plantas se ajudem entre si, de acordo com suas características, utilizando elementos da natureza para controlar o ambiente ecologicamente”, explica a professora Caroline Silveiro. Além disso, os estudantes introduziram caixas de abelhas sem ferrão, como a jataí e mamangavas, para garantir a polinização da horta.

Uma das integrantes do projeto, Michele Nascimento, destacou o aprendizado sobre meliponicultura. “O momento mais marcante foi participar das práticas com as abelhas sem ferrão, algo que eu nem sabia que existia. Aprendi até a fazer iscas para capturá-las”, disse a estudante. O uso das abelhas contribui para a recuperação da biodiversidade e o controle ecológico das pragas.

O projeto também integra tecnologia no processo de cultivo, com o desenvolvimento de um sistema robótico baseado na plataforma Arduino para monitorar a umidade do solo. O sistema utiliza painéis de LED que indicam o nível de umidade, otimizando o uso de água e energia. “Quando o LED se acendeu pela primeira vez, foi um momento indescritível. Ver a tecnologia funcionando me trouxe novas ideias”, afirmou Thiago Andrade, um dos alunos responsáveis pela criação do sistema.

A estudante Samara Silva reforçou a importância da ciência no projeto. “Colher o que nós plantamos foi uma sensação de realização. Hoje eu entendo que a tecnologia vai muito além das redes sociais, ela está em sistemas como o de irrigação que criamos para nossa horta”, afirmou.

Agora, o foco do grupo é a preparação para a FETECMS (Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul), o maior evento científico do Centro-Oeste, que acontece de 20 a 23 de outubro em Campo Grande. Ariel Pereira, um dos bolsistas, expressou entusiasmo pela oportunidade de participar da feira. “Será minha primeira vez em um evento científico, e estou muito empolgado em apresentar os resultados da nossa horta mandala e as práticas agroecológicas que desenvolvemos”, declarou o estudante.

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