Por João Paulo Ferreira | 12 abril, 2023 - 15:28
Discutir o aprimoramento da segurança nas unidades de ensino de Dourados e tranquilizar os pais com a onda de mensagens que propagam ataques. Essa foi a pauta de reunião, nesta quarta-feira (12), entre a GMD (Guarda Municipal de Dourados), Polícia Militar e Polícia Civil e participação da Procuradoria-Geral da Prefeitura de Dourados e da Semed (Secretaria Municipal de Educação).
Apesar de não haver em Dourados, segundo monitoramento do Serviço de Inteligência da PM, nenhuma ameaça concreta de ataque em escola nos moldes do que aconteceu em Santa Catarina e em São Paulo na última semana, as forças de segurança estão se articulando para melhorar o serviço já realizado de ronda escolar e dar aos pais e responsáveis a tranquilidade necessária de que seus filhos estão seguros.
Entre os representantes, o consenso de que há necessidade em se compartilhar informações e organizar ações conjuntas, otimizando assim o trabalho das corporações, que são limitadas para atender as mais de 160 escolas de Dourados, considerando as redes municipal, estadual e particular.
“Precisamos fazer um trabalho conjunto, filtrar as ameaças para focarmos nas que podem, de fato, ser uma ameaça real. Nossos efetivos são limitados e precisamos ter essa interação entre as Forças tornando assim as rondas escolares mais efetivas”, explica diretor geral adjunto da GMD, inspetor José Rubens.
Segundo ele, os agentes devem estreitar a relação com diretores e professores para troca de informações e orientá-los. “São eles que conhecem, muitas vezes melhores que os pais, os alunos que frequentam as escolas e podem nos auxiliar. Vamos também intensificar o trabalho de conscientização dos alunos, já que os agentes da Ronda Escolar criam um vínculo importante com essas crianças e adolescentes”, completa.
Compartilhar fake news é crime
De acordo com o Major Torres, comandante da 9ª Cia da PM, esse encontro serve para o alinhamento de entendimento e trabalho das forças policiais para o atendimento prioritário da ronda escolar, passando mais segurança aos alunos e às famílias, embora não se tenha registro de possibilidade de casos no município. “Não temos nenhum fato concreto, nenhuma denúncia com fundamento que indique como possibilidade de ataque O que temos, e muito, é a replicação continuada de mensagens que chegam de outras localidades do Brasil que, eventualmente, tenham escolas com os mesmos nomes”.
O oficial lembra ainda que compartilhar mensagens, sem que se tenha certeza de sua veracidade, pode causar problemas com a Justiça. “O fato de se publicar ou compartilhar qualquer informação que cause esse tipo de alarmismo e terror público é uma infração penal e a Polícia Civil está fazendo esse registro, o que pode fazer com que as pessoas sejam chamadas a responder por esse ato”, alerta.
Participaram da reunião a delegada de Infância e Juventude, Dra Andrea Alves Pereira, o delegado regional da Polícia Civil, Dr Adilson Stiguivitis, a secretária de Educação, Ana Paula Benitez Fernandes e o procurador-geral do Município, Paulo César Nunes e o sub-comandante da 9ª Cia da PM, Capitão Louveira.
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