Por João Paulo Ferreira | 30 novembro, 2022 - 9:53
A General Motors anunciou a ampliação de seu apoio ao Felinos Pantaneiros, programa de proteção às onças, liderado pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP) – organização com sede em Corumbá (MS) e atuação em diferentes regiões do Pantanal. A companhia entregou mais uma picape Chevrolet S10 Z71 e fará um novo aporte financeiro para 2023, que custeará atividades científicas e de educação ambiental do projeto. Serão investidos cerca de R$ 1 milhão nos dois primeiros anos de parceria, incluindo investimentos diretos e a cessão de duas picapes que garantem o acesso às regiões pantaneiras mais remotas. Em março, a companhia já havia cedido um veículo e realizado um aporte financeiro inicial.
O apoio da GM a iniciativas de conservação e preservação da biodiversidade acompanha a visão de futuro sustentável da companhia, que prevê um mundo com zero acidente, zero emissão e zero congestionamento, a partir da eletrificação da mobilidade. Para a GM, o compromisso com a sustentabilidade extrapola seus produtos e operações, englobando também a proteção ao meio ambiente e o trabalho junto às comunidades nas quais a empresa está inserida.
“A onça é o símbolo da fauna na América do Sul. Preservar a biodiversidade é um dever compartilhado entre toda a sociedade, incluindo nós, que somos uma companhia com presença centenária no Brasil. Estamos engajados com as metas globais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda 2030 da ONU. O apoio ao programa Felinos Pantaneiros está alinhado ao ODS 15, voltado à proteção e recuperação dos ecossistemas”, declara Nelson Silveira, diretor de comunicação GM América do Sul.
“O Felinos Pantaneiros atua fomentando um relacionamento mais sustentável entre seres humanos, suas atividades econômicas e os grandes felinos, como a onça-pintada e a onça parda. O IHP estuda e monitora o comportamento dos animais, engajando diversos atores econômicos da região. Por meio de ações de educação ambiental e aplicação de mecanismos de manejo, como o uso de repelentes luminosos e cercas elétricas em fazendas, é possível estabelecer uma coexistência mais harmoniosa entre seres humanos e a biodiversidade local’’, complementa Ângelo Rabelo, presidente do IHP.
Atualmente, o projeto impacta seis propriedades localizadas na região de Miranda (MS), onde a densidade populacional das onças-pintadas chega a 6,7 onças a cada 100 km², e na Serra do Amolar, onde há 8,3 felinos para cada 100 km². Em uma das fazendas atendidas pelo projeto, os incidentes envolvendo onças e o rebanho caíram mais de 35% após a aplicação das técnicas de manejo.
Os benefícios do projeto também se estendem para as comunidades ribeirinhas, profissionais das fazendas e associações do agronegócio, que são envolvidos em conversas de conscientização nas quais são apresentadas informações científicas sobre o comportamento das onças, o uso e ocupação do habitat, além de abordar estratégias de convívio seguro e sustentável.
“A parceria com o IHP é uma forma de nos envolvermos com todos os elos dessa complexa cadeia que garante a sustentabilidade do bioma, como os produtores rurais, conservacionistas e a própria população pantaneira. Os laços com o Pantanal fazem parte de uma estratégia de longo prazo, que nos enche de orgulho e senso de pertencimento, pois está totalmente conectada ao momento único de transformação da própria GM”, afirma Nelson Silveira.
Agenda de sustentabilidade
Com suas fábricas inseridas em regiões de Mata Atlântica, 100% das unidades da GM no país possuem a certificação do Wildlife Habitat Council (WHC), que atesta a sustentabilidade das operações, o engajamento com educação ambiental e o aprimoramento da biodiversidade nas propriedades corporativas. Apenas na Mata Atlântica, a companhia mantém mais de 50 projetos de educação, manutenção e monitoramento da biodiversidade. Já foram mapeadas mais de 500 espécies de plantas e mais de 200 espécies animais, entre mamíferos e aves. Além das ações de educação ambiental que já alcançaram mais de 10 mil estudantes e professores desde 2011.
O ano de 2022 representa um marco na agenda de sustentabilidade da companhia. Em seus quase 100 anos de atuação no Brasil, pela primeira vez a GM passou a investir diretamente em projetos de outros biomas, como o Pantanal e a Amazônia. Além do apoio ao Felinos Pantaneiros iniciada no primeiro trimestre, a companhia anunciou em julho a cessão de duas picapes Chevrolet S10 e o aporte financeiro para ações da Conservation International de recuperação da biodiversidade na região do Tapajós (PA).
O olhar sistêmico para a conexão entre os biomas brasileiros reforça as iniciativas e o histórico compromisso com a sustentabilidade dentro das fábricas da GM – como a estação de efluentes de São Caetano do Sul, que existe desde a década de 1970, e a política de Zero Aterro, ativa desde 2017 na América do Sul. Atualmente, a GM já envia cerca de 93% de seus resíduos para uma destinação de circularidade – como reciclagem e compostagem. O objetivo é atingir o patamar de 95% de circularidade nas fábricas até 2025 e deixar de emitir 2 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera até o fim de 2022.
Como programa principal da Instituição, está a gestão do Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar (Rede do Amolar), criado em 2008 e que tem como finalidade propor ações de gestão integrada entre as organizações parceiras para proteção de 276.000 hectares, sendo que 201.000 hectares legalmente protegidos. A iniciativa surgiu a partir da parceria entre IHP, Instituto Acaia Pantanal, Fazenda Santa Tereza, Fundação Ecotrópica e Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense/Instituto Chico Medes (ICMBio) e Polícia Militar Ambiental.
22 novembro, 2024
Feito com amor ♥ no glorioso Estado de Mato Grosso do Sul - Design por Argo Soluções