No pior novembro da história, fogo no pantanal se alastra e cerca moradores em meio à seca

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O pantanal enfrenta seu pior novembro de queimadas na história, com um cenário preocupante para os moradores locais. Elias Francisco Xavier, conhecido como Seu Elias, de 69 anos, residente na região de Miranda (MS), expressa sua apreensão, afirmando que o clima mudou drasticamente.

Seu Elias, que vive há décadas no pantanal, destaca a mudança nas estações e a ausência da chuva típica do período. Ele ressalta que, se a situação persistir, o pantanal, que já enfrenta severos desafios, estará comprometido.

Morando em um barraco na beira da BR-262, Seu Elias é o único morador ativo na área, enquanto outros barracos permanecem vazios e descuidados, aumentando sua preocupação. A região é atingida por frentes de fogo, e Elias relata que o perigo está próximo.

A comunidade Passo do Lontra, a poucos quilômetros de sua casa, foi afetada, levando à evacuação de crianças devido à fumaça intensa. Julio Cesar Silva Parronchi, guia de pesca e líder de brigada de incêndio na comunidade, expressa surpresa com a intensidade dos incêndios em novembro, destacando a atipicidade da situação.

Os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, até meados de novembro, o pantanal já registrou 3.024 focos de incêndio, superando significativamente a média histórica para este mês. A situação preocupa as autoridades e organizações envolvidas no combate aos incêndios, destacando a necessidade de ações conjuntas para enfrentar os desafios decorrentes das mudanças climáticas.