Por João Paulo Ferreira | 7 agosto, 2023 - 14:27
O território de Mato Grosso do Sul se destaca por suas impressionantes paisagens naturais, sendo o Pantanal a joia da coroa em termos de preservação ambiental. Com quase 85% de sua cobertura original ainda intacta, o Pantanal sul-mato-grossense é um exemplo notável de esforços governamentais e tecnológicos que visam à conservação desse bioma único.
As ações conduzidas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), têm sido fundamentais para a manutenção desse índice impressionante. Um Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, publicado pelo projeto MapBiomas Alerta, divulgado recentemente em 28 de julho deste ano, revelou uma redução significativa de 12% na área desmatada no Estado em 2022, em comparação com o ano anterior.
De acordo com o relatório, apenas quatro estados e o Distrito Federal experimentaram uma diminuição nas taxas de desmatamento no ano passado. Entre os estados que se destacaram por suas conquistas ambientais estão o Rio Grande do Norte, liderando com uma impressionante redução de 47%, seguido pelo Paraná com 42%, Distrito Federal com 28%, Mato Grosso do Sul com 12% e Paraíba com 6%.
Os números foram divulgados pelo Observatório do Clima, uma iniciativa que reúne universidades, ONGs e empresas de tecnologia com o objetivo de monitorar anualmente a cobertura e o uso da terra no Brasil e rastrear as mudanças no território.
A preservação do Pantanal também tem sido uma prioridade. Em 2021, a área desmatada totalizava 55.959 hectares, mas graças aos esforços de conservação, esse número caiu para 49.162 hectares em 2022. É importante observar que o MapBiomas Alerta reporta todas as perdas de vegetação nativa, independentemente da existência de autorização ambiental para a supressão.
Embora o Mato Grosso do Sul tenha conseguido reduzir o desmatamento, a situação não é tão otimista em âmbito nacional. O relatório revelou um aumento de 22,3% no desmatamento em todo o Brasil em 2022, em comparação com o ano anterior. Mais de 2,05 milhões de hectares foram desmatados, equivalente ao tamanho aproximado do estado de Sergipe. Três estados da região Amazônica – Amazonas, Mato Grosso e Pará – contribuíram significativamente para esse aumento, junto com a Bahia e o Maranhão.
O Imasul tem sido um ator-chave na luta contra o desmatamento ilegal. Em junho de 2023, o instituto lançou o Sistema de Monitoramento de Alertas de Desmatamento Ilegal, que permite uma intervenção mais rápida nas operações de fiscalização, prevenindo perdas maiores. Além disso, o sistema reduziu em até 72% a análise manual de processos de desmatamento.
A plataforma de monitoramento do Imasul se tornou uma ferramenta essencial no controle e combate ao desmatamento e às queimadas no estado, possibilitando uma gestão mais eficiente e sustentável dos recursos naturais. Com a utilização de imagens de satélite e tecnologia ArcGIS, a tomada de decisões foi aprimorada, fortalecendo as equipes de monitoramento.
Os números apresentados em reuniões recentes mostram que, no período entre agosto de 2019 e abril de 2023, o Imasul autorizou intervenções em cerca de 194 mil hectares de vegetação nas propriedades do Pantanal sul-mato-grossense, representando aproximadamente 2,16% da área total do bioma. Foram licenciados 275 processos que totalizaram 194.059,88 hectares, com o instituto adotando medidas rigorosas para garantir o cumprimento das regulamentações ambientais.
Os esforços contínuos do Mato Grosso do Sul em prol da preservação do Pantanal e da mitigação do desmatamento são uma inspiração para outras regiões do país e destacam a importância da colaboração entre governos, instituições e tecnologia para um futuro mais sustentável.
25 novembro, 2024
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