Por Viviane Freitas | 17 maio, 2024 - 10:09
A bacia do rio Paraguai, vital para o Pantanal, teve um recorde de baixa no nível da água na quinta-feira (16) de maio. O Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Paraguai, realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), indicou que o rio em Ladário estava 2,4 metros abaixo da média esperada.
O pesquisador em Geociências da SGB, Marcus Suassuna, explicou que esse baixo nível é resultado de um período seco prolongado em 2023, combinado com chuvas abaixo do normal.
Ele destacou que essa situação é uma continuação de eventos desde o final de 2023, quando um El Niño forte prolongou o período seco. O início de 2024 viu níveis muito baixos de água, seguidos por uma estação chuvosa fraca. Embora não haja escassez iminente, Suassuna alertou para a possibilidade de problemas mais graves de seca entre setembro e outubro.
Suassuna também apontou que o Pantanal parece estar entrando em um ciclo de seca prolongada, similar ao ocorrido entre 1962 e 1973. Desde 2020, a região tem enfrentado secas frequentes, agravadas por incêndios florestais.
Ele ressaltou que os impactos dos fenômenos La Niña e El Niño na região são menos claros, o que torna a previsão de longo prazo dos níveis dos rios mais desafiadora.
Atualmente, a preocupação principal é a falta de previsão favorável de chuvas para reabastecer os níveis de água baixos.
Além disso, o boletim observou que Ladário registrou apenas 1,44 metros na quinta-feira (16), significativamente abaixo da média histórica de 3,85 metros para esta época do ano.
Porto Murtinho também está enfrentando baixos níveis de água, registrando o mais baixo da história.
As previsões indicam chuvas abaixo da média até julho de 2024, o que continuará afetando os rios e a hidrologia da região.
A bacia do Paraguai é crucial para os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, representando cerca de 4,3% do território brasileiro. É uma importante rota de transporte de minério de ferro, soja e outros produtos, além de sustentar atividades como pesca e turismo. A capacidade de geração de energia na bacia é de aproximadamente 1.111 MW.
25 novembro, 2024
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