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O estado de Mato Grosso do Sul enfrenta a possibilidade da pior seca já registrada no Rio Paraguai. Comparado a 1964, ano da maior seca até então, os níveis atuais do rio são ainda mais baixos. Isso alerta para um cenário ainda mais crítico do que em 2020, quando os incêndios devastaram milhões de hectares no Pantanal.
O nível do Rio Paraguai, medido em Ladário, chegou a 1,16 metros em 11 de abril, contrastando com os 2,74 metros do mesmo período em 2023. A perspectiva de enchente característica de abril no Pantanal parece cada vez mais distante.
O professor Dr. Geraldo Damasceno Junior, da UFMS, destaca que o nível do Rio Paraguai determina a disponibilidade de água na região ao longo do ano. Com as previsões de pouca chuva, o risco de incêndios florestais aumenta significativamente.
A chegada do La Niña pode agravar ainda mais as condições climáticas já desafiadoras. Com temperaturas acima da média e a seca persistente, o estado pode enfrentar situações similares ou até piores que as de 2020.
Ambientalistas e pesquisadores alertam para os riscos iminentes de incêndios de grandes proporções, enquanto o governo de Mato Grosso do Sul declara estado de emergência ambiental por 180 dias. Medidas de prevenção, como a queima prescrita, estão sendo implementadas para mitigar os danos.
A seca atípica e as mudanças climáticas estão intrinsecamente ligadas, enfatizam os especialistas. A preparação e ações preventivas tornam-se ainda mais urgentes diante desse cenário desafiador.