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Tesouros únicos da natureza: Conheça as espécies endêmicas do Pantanal

Descubra a beleza e importância desses animais exclusivos da maior planície inundável do mundo

Por João Paulo Ferreira | 17 março, 2023 - 8:15

O Pantanal é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, abrigando diversas espécies endêmicas, ou seja, espécies que ocorrem apenas nesse ecossistema e não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Essas espécies são fundamentais para a manutenção da biodiversidade e equilíbrio ambiental do Pantanal.

Dentre as espécies endêmicas mais conhecidas do Pantanal, destacam-se a arara-azul-do-pantanal (Anodorhynchus hyacinthinus), a perereca-de-conchas (Scinax constrictus), a capivara-do-pantanal (Hydrochoerus hydrochaeris), a ariranha-do-pantanal (Pteronura brasiliensis), o tuiuiú (Jabiru mycteria), a lontra-do-pantanal (Lontra longicaudis), o poraquê-do-pantanal (Electrophorus voltai), o peixe-cachorro-do-pantanal (Hoplias microlepis), a piranha-do-pantanal (Serrasalmus spilopleura) e o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus).

A arara-azul-do-pantanal é uma das aves mais imponentes e belas do mundo, e também uma das espécies mais ameaçadas de extinção no Brasil. Com uma envergadura de até 1,2 metros, é possível avistá-la voando em pares, em busca de frutas como o coco-de-catarro, que compõem sua dieta.

A perereca-de-conchas é uma espécie de anfíbio que só pode ser encontrada nas margens dos rios e corixos do Pantanal. É uma das espécies mais raras e ameaçadas do bioma, e possui uma coloração esverdeada com manchas marrons. Sua reprodução ocorre em poças temporárias de água, que se formam após as chuvas.

A capivara-do-pantanal é a maior roedora do mundo, podendo chegar a 1,3 metros de comprimento e pesar mais de 80 kg. É um animal muito comum no Pantanal, sendo facilmente avistado em áreas alagadas, e é uma espécie bastante adaptável, podendo se alimentar de uma grande variedade de plantas.

A ariranha-do-pantanal, também conhecida como lontra-gigante, é um dos maiores carnívoros aquáticos do mundo, podendo chegar a 1,5 metros de comprimento e pesar mais de 30 kg. É uma espécie muito ameaçada de extinção no Pantanal, devido à destruição de seu habitat natural e à caça ilegal.

O tuiuiú é uma das aves símbolo do Pantanal, e pode ser avistado em grande número nas margens dos rios e lagoas da região. Com uma envergadura de até 2,5 metros, é uma das maiores aves da América do Sul, e se alimenta principalmente de peixes e caranguejos.

A lontra-do-pantanal (Lontra longicaudis) é um animal aquático de hábitos diurnos e solitários. Ela é uma excelente nadadora e mergulhadora, podendo ficar submersa por até 6 minutos. Sua alimentação é baseada principalmente em peixes, mas também inclui crustáceos, anfíbios, répteis e mamíferos. A lontra-do-pantanal é considerada um importante bioindicador da qualidade ambiental, pois é sensível à poluição e alterações no ecossistema.

O poraquê-do-pantanal (Electrophorus voltai) é uma espécie de peixe-elétrico endêmico do Pantanal. Ele é capaz de gerar uma descarga elétrica de até 860 volts, o que o torna o animal com maior capacidade de eletrochoque do mundo. Sua alimentação é baseada em peixes e crustáceos. Apesar de não ser considerado perigoso para o ser humano, o poraquê-do-pantanal deve ser tratado com cuidado e respeito.

O peixe-cachorro-do-pantanal (Hoplias microlepis) é um peixe de água doce que pode atingir até um metro de comprimento e 20 kg de peso. Ele é um importante predador na cadeia alimentar do Pantanal, alimentando-se de outros peixes, crustáceos e até mesmo aves e mamíferos que se aproximam da água. Além de ser um importante recurso pesqueiro, o peixe-cachorro-do-pantanal é também um indicador da qualidade ambiental do ecossistema.

A piranha-do-pantanal (Serrasalmus spilopleura) é uma das espécies mais conhecidas e temidas do Pantanal. Ela possui uma mordida forte e afiada, e é capaz de devorar animais inteiros em poucos minutos. No entanto, apesar da sua fama de “assassina”, a piranha-do-pantanal desempenha um importante papel no ecossistema, ajudando a controlar a população de outros peixes e mantendo o equilíbrio do ambiente.

Por fim, o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) é o maior cervídeo da América do Sul, podendo atingir até 2 metros de comprimento e 200 kg de peso. Ele é encontrado apenas em regiões alagadas, como o Pantanal, e é considerado uma espécie ameaçada de extinção. Sua alimentação é baseada em folhas, brotos, frutas e flores, e ele é um importante dispersor de sementes na região.

Essas espécies endêmicas do Pantanal são apenas algumas das maravilhas que podem ser encontradas nesse ecossistema único e tão importante para a biodiversidade do planeta. É fundamental que sejam preservadas e protegidas para que as gerações futuras possam apreciá-las e aprender com elas.

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