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Defesa abandona plenário e julgamento de policial bolsonarista que matou petista em festa é adiado

Júri popular de Jorge Guaranho é remarcado para maio após saída controversa dos advogados de defesa

Por João Paulo Ferreira | 5 abril, 2024 - 10:32

O julgamento de Jorge Guaranho, acusado pelo homicídio duplamente qualificado de Marcelo Arruda, foi suspenso apenas 50 minutos após seu início em Foz do Iguaçu, Paraná. O juiz Hugo Michelini decidiu suspender o júri popular e remarcá-lo para 2 de maio, após a defesa do réu abandonar o plenário. A saída ocorreu logo após terem seus pedidos, incluindo questões processuais e a liberdade provisória do réu, negados.

Os advogados de Guaranho pediram o adiamento alegando não terem localizado uma testemunha essencial e levantaram questões sobre a anexação tardia de documentos pelo Ministério Público, além de problemas relacionados a outros procedimentos judiciais. A defesa criticou especialmente a inclusão de documentos de outra ação penal na qual Guaranho é vítima das agressões sofridas após o homicídio de Arruda.

O julgamento é o desdobramento de um crime que chocou o país pela sua motivação política, onde Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal, foi morto em sua festa de aniversário temática do PT por Guaranho, na época simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso ocorreu mais de um ano e oito meses atrás, em julho de 2022, e ganhou notoriedade nacional.

A decisão do juiz Michelini de prosseguir, apesar das objeções da defesa, levou ao abandono do plenário pelos advogados de Guaranho, uma ação que tem provocado debates jurídicos. Antes de dezembro de 2023, o abandono do processo poderia resultar em multa, mas uma mudança legislativa transferiu a responsabilidade para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que agora analisa casos de abandono de plenário através do seu Tribunal de Ética, sob acionamento de partes interessadas.

As defesas de ambas as partes expressaram seus pontos de vista sobre o incidente. Daniel Godoy, advogado da vítima, descreveu a ação da defesa de Guaranho como “equivocada”, enfatizando a busca contínua por justiça para Marcelo Arruda. Samir Mattar Assad, representante de Guaranho, argumentou que não houve tempo suficiente para analisar documentos importantes, comprometendo, segundo ele, a capacidade de realizar uma defesa adequada.

A suspensão do júri e os eventos que a cercam destacam não apenas a tensão entre as estratégias de defesa e acusação, mas também as complexidades do processo judicial brasileiro, especialmente em casos de grande repercussão pública e política.

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