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Ex-policial penal que matou petista em festa de aniversário vai a júri popular

Julgamento aborda violência política como agravante no assassinato de guarda municipal

Por João Paulo Ferreira | 1 abril, 2024 - 12:00

Foto: Reprodução

O júri popular de Jorge Guaranho, marcado para esta quinta-feira, 4, em Foz do Iguaçu, Paraná, trará a julgamento o caso do assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda. O crime, ocorrido em julho de 2022, durante uma festa de aniversário, destacou-se pela clara motivação política. Guaranho invadiu a celebração e, em um ato de violência explícita, tirou a vida de Arruda. O Ministério Público do Paraná atribuiu ao acusado a qualificação de homicídio doloso duplamente qualificado, enfatizando o aspecto fútil da motivação política e o perigo aos demais convidados, elementos que elevam a gravidade do crime.

Daniel Godoy Junior, representante legal da família da vítima, sublinha o caráter odioso do atentado, ligando-o à onda de violência política que tem crescido no país. A premeditação e brutalidade do assassinato, documentadas por câmeras de segurança, demandam uma resposta jurídica que transcenda a punição, servindo também como lição para a sociedade.

João Cyrino, advogado criminalista, destacou em conversa com nossa reportagem a importância das qualificadoras no julgamento. “A função da qualificadora é reconhecer uma circunstância em que o crime se torna mais grave”, explica Cyrino, apontando que matar alguém já é grave, mas a ação se torna ainda mais hedionda quando impulsionada por intolerância política. Esta perspectiva não só aumenta a reprovação do crime como também serve para enviar uma mensagem clara de repúdio à sociedade. Cyrino enfatiza que o julgamento tem um recado a passar: “Se já é grave matar alguém, é ainda mais grave matar alguém por um motivo tão insignificante quanto a preferência política”.

Ainda segundo Cyrino, a gravidade é ampliada pela qualificadora de perigo comum, que ressalta o risco imposto a todos os presentes no evento. Este aspecto enfatiza o descaso do acusado pela vida humana, não apenas da vítima, mas também de qualquer outra pessoa no entorno. O advogado também contrasta as motivações que podem atenuar ou agravar a pena, explicando que, enquanto alguns motivos podem justificar ou diminuir a gravidade de um homicídio, outros, como a futilidade da motivação política, apenas o tornam mais repugnante.

Jorge Guaranho permanece detido no Complexo Médico Penal de Pinhais, após ser demitido por improbidade administrativa ligada ao uso indevido de armas. O julgamento, que começa às 8h na Vara Plenário do Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu, promete ser um marco no debate sobre violência política e justiça, com transmissão ao vivo, reiterando a seriedade com que a sociedade e o judiciário tratam tais crimes.

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