Por Viviane Freitas | 11 agosto, 2023 - 8:49
As estratégias bem-sucedidas implementadas em Mato Grosso do Sul para monitorar os biomas e combater incêndios florestais estão desempenhando um papel fundamental na conservação do meio ambiente.
Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no período entre 1° de janeiro e 9 de agosto deste ano, o estado registrou uma diminuição de 24% nos incêndios florestais, com os focos caindo de 1.601 para os atuais 1.215. Comparando com o pior ano, 2020, nesse mesmo período, Mato Grosso do Sul teve 5.420 focos de incêndio.
De acordo com Alberto Setzer, pesquisador do Programa Queimadas do Inpe, a organização e a resposta eficaz do estado têm sido cruciais para controlar e reduzir os incêndios nos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica presentes em Mato Grosso do Sul.
“Outros estados estão seguindo o exemplo de Mato Grosso do Sul, que está muito bem estruturado para assimilar as informações do Inpe e transformá-las em ações concretas”, explicou Setzer.
À medida que a época mais crítica de incêndios, concentrada entre agosto e outubro, se inicia, Mato Grosso do Sul ocupa a 16ª posição no ranking do Inpe, que classifica os estados com base na quantidade de detecções de queimadas e incêndios.
“Isso é notável, considerando o tamanho do estado, que é maior do que muitos países. Além disso, nos anos anteriores enfrentamos dificuldades. Além disso, em 2022, Mato Grosso do Sul demonstrou que as ações do governo tiveram um impacto significativo na redução dos incêndios, mesmo em condições climáticas extremamente secas”, ressaltou o pesquisador.
Alerta e Vigilância
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul está em estado de alerta para responder a incêndios florestais em todo o estado. O alerta foi ativado em 17 de julho após a publicação de uma portaria do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), suspendendo as autorizações para “queima controlada” até o final do ano.
Devido ao período de estiagem e baixa umidade relativa do ar, com temperaturas que podem exceder os 30°C mesmo no inverno, combinado com a vegetação seca, há um alto risco de incêndios florestais no estado, conforme explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar de MS.
A suspensão das autorizações de “queima controlada” foi embasada em uma nota técnica do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS), que analisou as tendências meteorológicas e os focos de calor para os meses de julho, agosto e setembro, indicando a necessidade de suspensão das atividades com uso do fogo para prevenir incêndios florestais.
A utilização de tecnologia, como drones, equipamentos de proteção individual específicos, monitoramento via satélite por meio de parcerias com a NASA, Polícia Federal, Inpe e Imasul, além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, tem melhorado a atuação dos bombeiros no combate aos incêndios florestais no Pantanal e no Cerrado de Mato Grosso do Sul, tornando-a mais precisa e eficaz na prevenção e mitigação dos danos.
25 novembro, 2024
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