Por João Paulo Ferreira | 9 outubro, 2024 - 19:21
O Rio Paraguai registrou na última terça-feira (8) o menor nível da história, atingindo 62 centímetros, segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). O índice, que supera o recorde anterior de 1964, é o mais baixo desde o início do monitoramento em 1900. Diante dessa situação crítica, o Imasul emitiu um alerta e destacou a importância do monitoramento constante.
A Sala de Situação do Imasul, responsável pelo controle hídrico no Estado, informou que o nível do rio vem apresentando quedas diárias de 1 a 2 centímetros, o que agrava a situação para as comunidades ribeirinhas, que dependem da água para abastecimento e transporte.
Apesar de o rio estar abaixo da cota zero, os técnicos explicam que ele não está completamente seco. Em Ladário, o Rio Paraguai mantém uma profundidade de aproximadamente 5 metros, devido a características geológicas que formam um canal natural no leito, preservando um volume de água suficiente para a navegação mínima e atividades essenciais, mesmo em períodos de seca extrema.
A cota zero é uma referência histórica que marca um ponto crítico de profundidade, mas não indica ausência total de água. Mesmo abaixo desse nível, há variações ao longo do curso do rio, permitindo a manutenção de algumas atividades, como o transporte fluvial e o abastecimento.
A redução drástica no nível do Rio Paraguai já afeta diretamente a economia local. O turismo e a pesca, que são atividades fundamentais para a região, sofrem com a diminuição do volume de água. Além disso, as comunidades ribeirinhas enfrentam dificuldades no abastecimento de água e na manutenção de suas atividades de subsistência.
Especialistas associam a situação à variabilidade climática e à escassez de chuvas na bacia hidrográfica do Pantanal, bioma que está especialmente vulnerável. “O baixo nível do Rio Paraguai impacta diretamente a vida das comunidades e das atividades econômicas, como turismo e pesca. O Imasul está mobilizado para acompanhar a situação de perto e repassar informações precisas”, declarou André Borges, diretor-presidente do Imasul.
Em resposta à situação, o Imasul, em parceria com outros órgãos, está implementando medidas emergenciais para apoiar as comunidades locais. Thays Yamaciro, da Sala de Situação do Imasul, ressaltou a importância do monitoramento contínuo para mitigar os efeitos da seca prolongada. “O monitoramento contínuo é crucial para entendermos o comportamento do rio e adotarmos ações preventivas”, afirmou.
Para quem busca mais informações sobre o nível do Rio Paraguai e de outros pontos monitorados, o Imasul disponibiliza um boletim diário em seu site, com dados atualizados de 14 pontos de monitoramento em Mato Grosso do Sul. As atualizações podem ser acompanhadas diretamente pela Sala de Situação do Imasul.
21 novembro, 2024
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