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China amplia compra de carne de Mato Grosso do Sul e fortalece economia local

Seis novos frigoríficos do estado são habilitados para exportação, prometendo impacto positivo nos preços internos

Por João Paulo Ferreira | 14 março, 2024 - 16:44

Foto: Semadesc

A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) anunciou a habilitação de seis frigoríficos de Mato Grosso do Sul para exportação de carne ao país asiático. A medida, comunicada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última terça-feira, inclui unidades da Prima Foods S.A, Marfrig Global Foods S.A., JBS S/A e Boibrás Industrial e Comércio de Carnes e Sub-Produtos Ltda, localizadas em diversas cidades do estado. Este incremento visa fortalecer a balança comercial brasileira e promete elevar os preços pagos aos produtores locais.

Segundo o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Semadesc), a expansão do número de frigoríficos cadastrados para exportar para a China, conhecidos como “Boi China”, é estratégica para a melhoria da estrutura de preços internos no estado. Mato Grosso do Sul, que já é referência na exportação de carne bovina, busca com essa ampliação melhorar ainda mais sua posição no mercado internacional.

O estado tem na China seu principal destino exportador, representando 25,83% de sua receita com proteína animal, seguido por Chile e Estados Unidos. Nos últimos cinco anos, a receita com a exportação de carne bovina sul-mato-grossense para o exterior cresceu 29%, com um aumento de volume de cerca de 3,03%.

A inclusão desses seis estabelecimentos faz parte de um esforço maior, que resultou na habilitação de 38 plantas frigoríficas brasileiras para exportar para a China, abrangendo diferentes tipos de carne. Este processo contou com auditorias remotas e presenciais conduzidas por equipes técnicas chinesas, com o apoio do Mapa.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, celebrou o acordo como um marco histórico nas relações comerciais entre Brasil e China, destacando os benefícios mútuos, como a garantia de carnes de qualidade com preços competitivos para o mercado chinês e a geração de empregos e oportunidades para o Brasil.

A China se mantém como o principal destino das exportações brasileiras de carnes, com importações que ultrapassaram 2,2 milhões de toneladas e mais de US$ 8,2 bilhões em 2023. Com a habilitação recente, o Brasil passa a contar com 106 plantas autorizadas a exportar para o mercado chinês, abrangendo carne de aves, bovinos, suínos e até asininos.

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