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Incêndio no Pantanal preocupa pecuaristas no Mato Grosso do Sul

Seca severa e incêndios afetam pastagens e ameaçam produção de gado na região

Por João Paulo Ferreira | 26 junho, 2024 - 17:15

O avanço dos incêndios no Pantanal em 2024 está causando grande preocupação entre os pecuaristas do Mato Grosso do Sul, estado que abriga 65% do bioma. Já foram destruídos mais de 500 mil hectares pelo fogo, quatro anos após o recorde de focos de incêndio registrado em 2020.

Além dos incêndios, a seca prolongada devido às chuvas abaixo da média no período úmido está comprometendo a disponibilidade de pastagens até a primavera. “Temos um longo caminho pela frente, com pelo menos mais três a quatro meses de estiagem, e tudo pode acontecer”, afirmou Carlos Padovani, pesquisador da Embrapa Pantanal.

Padovani sugere que os pecuaristas ajustem a lotação dos animais para preservar a pouca pastagem restante. A falta de ação pode levar ao descarte de animais, como ocorreu em 2020, quando a escassez de pasto resultou em um aumento na oferta de gado, fazendo o preço da arroba bovina cair drasticamente.

“A grande diferença da seca deste ano é que ela chegou antes. Vamos precisar entender se as chuvas também chegarão antecipadamente ou se vamos ter um período de seca maior”, destacou Guilherme Bumlai, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul).

Se a situação piorar, uma alternativa para evitar o descarte de animais seria a suplementação com rações à base de grãos. No entanto, Eduardo Cruzetta, presidente da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), aponta que os desafios logísticos no Pantanal tornam essa solução até 50% mais cara.

A dificuldade de acesso devido à falta de estradas eleva os custos logísticos, especialmente para produtos de menor valor agregado como rações. “Como nós não temos estradas em grande parte do Pantanal, o custo de logística é elevadíssimo, principalmente para produtos de menor valor agregado como rações”, explicou Cruzetta.

Diante deste cenário, é crucial que os pecuaristas tomem medidas preventivas para mitigar os impactos da seca e dos incêndios, garantindo a sobrevivência do rebanho e a sustentabilidade da produção na região.

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