Por João Paulo Ferreira | 9 janeiro, 2023 - 11:02
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou no último domingo (8), a invasão em Brasília e a classificou como ultrajante. “Condeno o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil”, escreveu em sua conta no Twitter. “As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada. Estou ansioso para continuar a trabalhar com Lula”, acrescentou. Na tarde deste domingo, milhares de manifestantes invadiram o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto e pediram a renúncia do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). Os protestantes estavam acampados no QG do Exército. Outras autoridades também demonstraram apoio ao Brasil após a invasão. O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu “respeito às instituições democráticas” no Brasil e destacou o “apoio inabalável” da França ao presidente Lula, após a invasão de sedes do poder por ativistas bolsonaristas em Brasília.
“A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França”, tuitou Macron. Segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores francês, “a França condena fortemente a violência em andamento contra três instituições da democracia brasileira: o Congresso, a Presidência da República e a Suprema Corte”. “Esses ataques constituem um questionamento inaceitável do resultado de uma eleição democrática, vencida sem ambiguidade, em 30 de outubro, por Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu suas funções como Presidente da República Federativa do Brasil em 1º de janeiro. A vontade do povo brasileiro, que se pronunciou de maneira soberana, deve ser respeitada”, completou a chancelaria. “A França manifesta seu apoio ao presidente Lula, eleito democraticamente, e ao seu governo. Ela garante sua solidariedade ao povo brasileiro”, concluiu o texto.
Autoridades da Argentina, México e Chile também se pronunciaram sobre o ocorrido. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, condenou a invasão das sedes dos três poderes no Brasil e manifestou seu apoio ao governo de Lula. “Repreensível e antidemocrática a tentativa de golpe dos conservadores no Brasil, incentivados pela liderança do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos”, criticou o presidente mexicano em sua conta no Twitter. “Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu país, do México, do continente americano e do mundo”, acrescentou. O Fiel aliado de Lula, Alberto Fernández, presidente da Argentina, Alberto Fernández, se solidarizou e declarou: “Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino a @LulaOficial diante dessa tentativa de golpe que está enfrentando”, escreveu Fernández em sua conta no Twitter. Fernández acrescentou que “como presidente da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e do Mercosul, coloco os países-membros em alerta para que nos unamos nessa inaceitável reação antidemocrática que está tentando se impor no Brasil”.
O presidente argentino também pediu para que os países demonstrem “com firmeza e união nossa total adesão ao governo eleito democraticamente pelos brasileiros liderado pelo presidente Lula”. “Estamos juntos com o povo brasileiro para defender a democracia e nunca mais permitir a volta dos fantasmas golpistas promovidos pela direita”, insistiu. O presidente do Chile, Gabriel Boric, também manifestou seu firme apoio ao governo de Lula. Boric condenou veementemente a ação violenta registrada em Brasília: “Ataque absurdo aos três poderes do Estado brasileiro por parte dos bolsonaristas”, escreveu em sua conta no Twitter. “O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse ataque covarde e vil à democracia”, acrescentou o presidente chileno. A chancelaria chilena, também por meio do Twitter, chamou os incidentes de “ação antidemocrática” e informou que seu governo solicitou “a convocação de uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) para apoiar a democracia e o Estado de Direito no Brasil e em toda a região”.
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