Estudante finge ser advogado e vence 26 processos na Suprema Corte

Brian Mwenda, um estudante sem formação em Direito, conseguiu uma façanha surpreendente ao se passar por advogado na Suprema Corte do Quênia, conquistando vitórias em 26 processos judiciais que ele representou. No entanto, sua fraude veio à tona quando ele tentou entrar como sócio em um bar utilizando credenciais falsas.

Brian Mwenda, um estudante sem formação jurídica formal, obteve um sucesso inesperado nos tribunais quenianos ao atuar como advogado. Surpreendentemente, ele conseguiu vencer 26 processos judiciais, representando clientes perante a Suprema Corte do país e até mesmo diante de magistrados e juízes do Tribunal de Apelação.

A Law Society of Kenya (LSK) confirmou que Mwenda assumiu a identidade de um advogado real com o mesmo nome em agosto de 2022, usando os detalhes do profissional verdadeiro para se registrar como membro do bar. A fraude veio à tona quando ele tentou acessar o banco de dados da LSK em setembro, usando um endereço de e-mail incorreto. Mwenda solicitou ajuda ao departamento de TI da sociedade, o que levou à verificação de suas credenciais em relação às do verdadeiro Mwenda.

Após a descoberta da fraude, a equipe da LSK alertou as autoridades policiais, que iniciaram uma investigação para capturar o falso advogado. A situação atual de Mwenda permanece incerta, uma vez que ele foi preso na quinta-feira (11), de acordo com informações da Facts East Africa, enquanto o comunicado da LSK pedia sua “prisão imediata”, insinuando que ele ainda estava em liberdade.

Em uma reviravolta surpreendente, um homem alegando ser o verdadeiro Brian Mwenda fez uma série de postagens nas redes sociais explicando que seu nome havia sido indevidamente associado à fraude. Ele argumentou que “invadiram um site para advogados e adicionaram minha foto para fazer parecer que [sou] um advogado certificado”. Mwenda afirmou que as vitórias nos casos que representou deveriam ser mantidas, pois seus argumentos e conhecimento das leis eram sólidos, mesmo sem uma formação formal em Direito. Ele fez um apelo para ser testado e admitido no bar dos advogados.

A Law Society of Kenya, por outro lado, expressou uma visão sombria da fraude de Mwenda, reconhecendo que os falsários representam uma séria ameaça ao exercício da advocacia. A sociedade está determinada a tomar medidas decisivas para abordar essa questão, conforme declarou em seu comunicado.