Por Viviane Freitas | 27 dezembro, 2023 - 8:48
A Igreja Católica na Bélgica enfrenta uma crise sem precedentes após a revelação de que cerca de 30 mil recém-nascidos foram alegadamente vendidos entre as décadas de 1950 e 1980. A denúncia surgiu de uma investigação jornalística, desencadeando uma onda de choque e repúdio em escala global.
A maioria desses bebês teria sido separada de suas mães logo após o parto, muitas das quais, principalmente solteiras, desconheciam o destino de seus filhos. Relatos indicam que essas mães foram encaminhadas para instituições católicas sob a promessa de cuidado e apoio, mas acabaram sendo vítimas de um comércio cruel de crianças. Algumas relataram ter sofrido abusos sexuais durante o período em que estiveram sob os cuidados dessas instituições.
O impacto da notícia gerou reações em todo o país. Bispos belgas emitiram pedidos de desculpas e solicitaram uma investigação independente para esclarecer completamente os eventos e circunstâncias desse trágico capítulo da história. A igreja agora enfrenta questionamentos profundos sobre suas práticas e ética durante esse período delicado.
Sobreviventes e defensores dos direitos humanos estão exigindo justiça, transparência e compensação para as vítimas desse esquema. O caso ressuscitou questões sobre a responsabilidade e o papel das instituições religiosas na proteção dos mais vulneráveis. Enquanto a Igreja pede perdão, a sociedade exige ações concretas e mudanças sistêmicas para evitar a repetição de tais abusos.
A comunidade internacional observa de perto enquanto a Bélgica enfrenta esse capítulo sombrio de sua história. A investigação prossegue com o objetivo de descobrir toda a extensão do escândalo, identificar os responsáveis e proporcionar algum tipo de fechamento para as inúmeras vidas afetadas por essas práticas deploráveis.
21 novembro, 2024
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