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TRAGÉDIA NO OCEANO: Destroços do submarino revelam a morte dos tripulantes

Implosão subaquática: lamentável desfecho para a expedição aos destroços do Titanic

Por João Paulo Ferreira | 22 junho, 2023 - 15:47

A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou hoje a descoberta dos destroços do submarino, trazendo tristes notícias sobre a tragédia que se abateu sobre os tripulantes da embarcação. O almirante John Mauger afirmou que a implosão da embarcação foi a causa da morte dos ocupantes devido à intensa pressão da água. Os destroços encontrados revelam a perda da cabine que protegia as pessoas dessa pressão. No entanto, ainda não é possível determinar o momento exato e o motivo que levaram à implosão do submarino.

Entre as peças encontradas estão um cone que ficava na parte frontal do submarino, bem como partes dianteira e traseira da cabine de pressão. Os destroços foram localizados a cerca de 500 metros do local onde repousam os destroços do Titanic, a uma profundidade de aproximadamente 4.000 metros abaixo da superfície do oceano. As autoridades destacam que o local é extremamente inóspito, o que torna incerto se será realizada uma busca pelos corpos das vítimas.

Surpreendentemente, os ruídos captados nos últimos dias não estavam relacionados ao submersível desaparecido. A Guarda Costeira ressalta que a implosão certamente teria gerado um som intenso, mas esse ruído não foi detectado pelos navios e sonares envolvidos na operação de resgate. Essa falta de captação sugere que a implosão ocorreu antes do início da operação de busca.

Pouco antes da coletiva de imprensa, a empresa responsável pelo submarino, a OceanGate, divulgou a triste notícia de que todos os passageiros haviam falecido. As vítimas são Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate e piloto do submarino; o empresário paquistanês Shahzada Dawood; Suleman Dawood, filho de Shahzada; o bilionário e explorador britânico Hamish Harding; e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, principal especialista no naufrágio do Titanic.

Durante a manhã, a Guarda Costeira dos EUA informou através do Twitter que foram encontrados destroços nas áreas de busca pelo submarino Titan, que desapareceu enquanto realizava uma expedição aos destroços do Titanic, no fundo do mar. A descoberta foi feita por um veículo não tripulado em proximidade aos restos do Titanic. O Comando Nordeste da Guarda Costeira dos Estados Unidos, responsável pela coordenação das operações de busca, afirmou que especialistas estão avaliando as informações sobre os destroços encontrados, que foram localizados por uma sonda transportada por um navio canadense chamado Horizon Arctic.

Vale ressaltar que os restos do Titanic estão situados a uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, cerca de 600 quilômetros distantes da costa canadense.

Levando em consideração os cálculos das equipes de busca, se o submarino ainda estivesse intacto na manhã desta quinta-feira, o oxigênio no interior da embarcação teria se esgotado. Essas estimativas levam em conta o horário de partida, na tarde de domingo (18).

O desaparecimento do submarino Titan levanta uma série de perguntas sobre essa trágica odisseia no Atlântico Norte. O objetivo da expedição era explorar os destroços do Titanic, que repousam no fundo do Oceano Atlântico desde o fatídico naufrágio em 1912. Localizados a uma profundidade de aproximadamente 3.800 metros e a cerca de 650 quilômetros da costa do Canadá, esses destroços são um ponto de interesse para muitos exploradores.

A expedição foi organizada pela empresa de turismo marítimo OceanGate Expeditions, que oferecia essa experiência única aos passageiros por um custo de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,19 milhão) por pessoa. A viagem teve início na sexta-feira (16), partindo de Newsfoundland, no Canadá. A descida ao fundo do oceano ocorreu no domingo (18). Inicialmente, esperava-se que a viagem até os destroços do Titanic levasse cerca de duas horas, mas, infelizmente, a comunicação com o submarino foi perdida após apenas 1 hora e 45 minutos de trajeto.

A bordo do submarino Titan estavam o diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush, que também atuava como piloto, juntamente com outros quatro passageiros. Entre os passageiros estavam o empresário paquistanês Shahzada Dawood, seu filho Suleman Dawood, o bilionário e explorador britânico Hamish Harding e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, renomado especialista no naufrágio do Titanic.

O submarino Titan tinha dimensões de 6,5 metros de comprimento por 3 metros de largura, pesando mais de 10 toneladas. Construído com materiais como fibra de carbono e titânio, o submarino era controlado por um joystick semelhante a um controle de videogame. Com uma velocidade de 3 nós (aproximadamente 5,5 km/h) e quatro propulsores, o Titan tinha capacidade para acomodar até cinco pessoas. No entanto, diferentemente de submarinos de grande porte, ele não era autônomo e precisou ser transportado na superfície do mar por uma distância de 643 km até o ponto de mergulho.

Infelizmente, essa missão para explorar os segredos do Titanic resultou em uma tragédia de proporções devastadoras. A descoberta dos destroços do submarino trouxe a confirmação do pior cenário possível: a perda de vidas humanas. As autoridades estão avaliando os destroços encontrados e tentando determinar as circunstâncias exatas que levaram à implosão da embarcação. Enquanto isso, o oceano guarda silenciosamente os segredos desse trágico episódio, deixando-nos com perguntas e um sentimento de luto pela perda dos tripulantes do submarino Titan.

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