A história de Mayya Gil, uma mulher de 95 anos que sobreviveu a eventos marcantes como a invasão nazista à Ucrânia, o desastre nuclear de Chernobyl e a pandemia de Covid-19, ganhou destaque nos Estados Unidos após sua morte trágica no último dia 23 de janeiro. Ela foi atropelada por uma van de carga enquanto atravessava a rua em frente ao seu apartamento no Brooklyn, em Nova York.
De acordo com informações divulgadas pela revista People, a idosa estava acompanhada de seu cuidador, que também foi atingido pelo veículo. O acidente ocorreu durante uma conversão à esquerda do motorista, que não percebeu os pedestres. O cuidador sofreu ferimentos, mas permanece internado em estado estável no NYU Langone Hospital.
Mayya nasceu em Khmelnytskyi, na Ucrânia, e ainda criança enfrentou a invasão nazista, fugindo para Kiev aos 12 anos. Mais tarde, viveu outro momento trágico ao presenciar os impactos do desastre de Chernobyl em 1986, o que levou sua família a emigrar para os Estados Unidos. Em Nova York, ela se estabeleceu com o marido e as filhas gêmeas no bairro de Bensonhurst, sendo acolhida pela comunidade judaica local.
Durante a pandemia de Covid-19, Mayya perdeu o marido e relatou a tristeza de não poder se despedir dele, devido às restrições sanitárias. "Ele estava fraco demais para falar ao telefone, e não conseguimos nos despedir", declarou em uma entrevista ao The New York Times.
A trajetória de Mayya Gil, marcada por tantas adversidades, reforça sua resiliência, mesmo diante de tragédias históricas. Sua morte trágica deixou familiares e amigos consternados, tornando sua história um exemplo de resistência em meio às dificuldades.