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MP dos Ministérios de Lula: Tereza Cristina vota contra, enquanto Soraya e Nelsinho votam a favor

Dentre os deputados federais, apenas Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon votaram contra

Por João Paulo Ferreira | 1 junho, 2023 - 17:07

O plenário do Senado Federal chancelou a decisão da Câmara dos Deputados e aprovou nesta quinta-feira (1º) a Medida Provisória 1154/2023, mais conhecida como MP dos Ministérios. Sob a relatoria do senador Jaques Wagner (PT-BA) na Casa, o texto dispõe sobre a organização das pastas que compõem o governo Lula. A votação teve obstrução de partidos e encaminhamento contrário do Partido Liberal, Novo, Republicanos, da oposição. Por sua vez, o PSDB liberou a bancada. O placar foi de 51 votos favoráveis, 19 contrários e uma abstenção. De Mato Grosso do Sul, os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (União) foram a favor, já Tereza Cristina (PP) votou contra.

A Câmara dos Deputados havia aprovado na madrugada a medida provisória que reestrutura os ministérios do Poder Executivo. Da bancada de MS, Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL, votaram contra. Os outros deputados federais sul-mato-grossenses, inclusive , votaram pela aprovação da proposta petista Dr. Luiz Ovando, do PP, Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB, e de Camila Jara e Vander Loubet, do PT.

A aprovação aconteceu no último dia do prazo de validade para a medida provisória, após um esforço concentrado de lideranças governistas – e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em meio a pressões de parlamentares, sob o risco de novas derrotas no Congresso Nacional sobre a articulação, o governo liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares. O número representa a maior quantia liberada em um único dia. O entendimento é que a dificuldade do Planalto de consolidar uma maioria vem, sobretudo, das falhas na articulação, mas também pelo descumprimento de acordos, inclusive sobre a liberação de emendas parlamentares.

Ainda que seja considerada uma importante vitória para o Executivo, o presidente Lula e seus líderes têm pouco a comemorar. Isso porque o texto impõe alterações nos ministérios e retira atribuições de ministros-chaves, como Marina Silva, Sônia Guajajara e Paulo Pimenta. Entre as mudanças, o Ministério da Justiça e Segurança Pública voltará a responder pelo reconhecimento e pela demarcação de terras indígenas, retirando a atribuição do Ministério dos Povos Originários. Por sua vez, a ministra Marina Silva deixará de ser responsável Cadastro Ambiental Rural (CAR) e pelos sistemas de saneamento básico, resíduos sólidos e recursos hídricos, que vão para os ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e das Cidades, respectivamente. Frente ao resultado iminente, o Planalto já trabalha com saídas internas para manter estrutura do governo, como a assinatura de portarias administrativas para devolver as competências aos ministros atingidos.

Veja a seguir a lista dos ministérios previstos na MP 1.154/2023:

  • Agricultura e Pecuária;
  • Cidades;
  • Cultura;
  • Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Comunicações;
  • Defesa;
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
  • Integração e do Desenvolvimento Regional;
  • Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;
  • Direitos Humanos e da Cidadania;
  • Fazenda;
  • Educação;
  • Esporte;
  • Gestão e Inovação em Serviços Públicos;
  • Igualdade Racial;
  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
  • Justiça e Segurança Pública;
  • Meio Ambiente e Mudança do Clima;
  • Minas e Energia;
  • Mulheres;
  • Pesca e Aquicultura;
  • Planejamento e Orçamento;
  • Portos e Aeroportos;
  • Povos Indígenas;
  • Previdência Social;
  • Relações Exteriores;
  • Saúde;
  • Trabalho e Emprego;
  • Transportes;
  • Turismo;
  • Controladoria-Geral da União.

Os órgãos com status de ministério são os seguintes:

  • Casa Civil da Presidência da República;
  • Secretaria das Relações Institucionais da Presidência;
  • Secretaria-Geral da Presidência;
  • Secretaria de Comunicação Social;
  • Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e
  • Advocacia-Geral da União (AGU)

 

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