Por João Paulo Ferreira | 3 setembro, 2019 - 14:47
O empresário campo-grandense Rafael Tavares, de 34 anos, ficou famoso nos últimos dias, como sendo a primeira pessoa do Mato Grosso do Sul a se tornar réu pelo crime de ódio nas redes sociais. O empresário conversou com O Sul Mato Grossense e deu a sua versão da história.
Rafael foi denunciado pelo Ministério Público Estadual após comentar em uma postagem na página de um amigo. Na postagem, ele ironizava o posicionamento do amigo e dizia que não via a hora de Bolsonaro ser eleito para sair perseguindo minorias pelas ruas da cidade morena. Em depoimento, o dono da postagem confirmou que entendeu como ironia o caso, mas a promotoria, não.
Recentemente, Carlos Alexandro da Conceição Oliveira, o Alex do Som, se sentiu ofendido com supostas acusações de Rafael sobre receber dinheiro público e também abriu um boletim de ocorrência contra o empresário.
Ao OSM, Rafael pareceu tranquilo, com a consciência limpa de que fez uma brincadeira com um amigo e afirmou que sofre perseguição política, já que é filiado ao PSL (Partido Social Liberal) e não vê com maus olhos uma candidatura em 2020.
O Sul Mato Grossense: Você virou réu por crime de ódio contra negros, gays, e japoneses, após fazer um comentário numa postagem de rede social. Conte pra gente o que realmente aconteceu?
Rafael Tavares: Muita gente da esquerda dizia que haveriam perseguições caso o Bolsonaro fosse eleito, mas nós sabíamos que isso era apenas narrativa para amedrontar as pessoas e prejudicar o Bolsonaro, por isso, fiz essa ironia durante uma conversa que acusava os eleitores de serem violentos, eu tirei um sarro no meu comentário.
OSM: O promotor alega que não houve ironia nos seus comentários. O que você acha sobre isso?
RT: Na próxima ironia eu prometo desenhar a piada com emojis para o promotor do caso entender.
OSM: Na sua opinião, qual será o desfecho desse processo?
RT: Estou tranquilo e confio na justiça. Vários amigos negros, gays e japoneses já me ligaram se colocando a disposição para testemunhar e mostrar que nunca tive preconceito.
OSM: Você acha que a polarização da política que ocorreu nas últimas eleições fez com que casos como o seu, entre diversos, virassem comuns nas redes sociais?
RT: Acredito que isso possa ter cunho político porque sou um ativista que luta contra o sistema. A velha política não tem nenhum escrúpulo e estão tentando assassinar minha reputação. Estou incomodando eles.
OSM: Você comentou que todo esse caso talvez não passe de um ataque político. Tendo em vista que você é considerado por muitos como uma liderança da direita jovem de Campo Grande, você tem intenção de ser candidato em 2020?
RT: Sobre a candidatura; Sou de Direita, se a população quiser alguém conservador e anti esquerdista na prefeitura ou na câmara no ano que vem, estou à disposição do PSL para a missão.
OSM: Após essa primeira denúncia, no dia 31 de agosto, mesmo dia em que a notícia que você havia sido denunciado pelo MPE foi ao ar, um boletim de ocorrência foi feito contra você pelo crime de calúnia. Qual sua relação com o Alex do Som? Como foi a conversa na qual ele alega que você fez acusações caluniosas a ele?
RT: Sobre o Alex de Som; Tomei conhecimento através de prints que esse cidadão estava me atacando em grupos de WhatsApp, fiz uma postagem avisando que a teta dele de dinheiro público que ele mama vai secar. E vai!
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