Por João Paulo Ferreira | 21 outubro, 2024 - 11:45
A candidata a prefeita de Campo Grande, Rose Modesto (União Brasil), anunciou que pretende destinar 1% do orçamento da Prefeitura para projetos culturais, com a intenção de alcançar todas as sete regiões da cidade. Segundo Rose, essa medida é uma questão de “vontade de fazer acontecer”, e ela criticou o veto da atual gestão ao mesmo percentual na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Não se trata de um entendimento legal, mas de um entendimento político. Os artistas querem recurso para ser executado no fomento à cultura, em editais e programas e não para o custeio da secretaria. Vamos aumentar esse orçamento, progressivamente, para chegar a 1% até o final do mandato”, afirmou.
Além do aumento no orçamento, Rose pretende buscar recursos adicionais através de emendas parlamentares, Lei Rouanet e parcerias público-privadas. “Vamos viabilizar mais recursos por meio de emendas parlamentares, Lei Rouanet para o município e parcerias público-privadas”, destacou.
A candidata também falou sobre a necessidade de revisão dos fundos culturais, como o Fundo Municipal de Investimentos Culturais (FMIC) e o Programa de Fomento ao Teatro (FOMTEATRO). Ela pretende alinhar as regras desses fundos com os Marcos Regulatórios da Cultura aprovados este ano. “Vamos rever também nosso Plano Municipal de Cultura a partir dos novos marcos regulatórios para garantir que nossa produção cultural possa crescer de forma sustentável”, disse.
Retorno da Fundac e Prêmio Ipê
Rose Modesto anunciou que, se eleita, trará de volta a Fundação Municipal de Cultura (Fundac), que foi extinta pela atual gestão. Ela garantiu que a escolha do diretor-presidente da entidade será feita com a participação da classe artística. A candidata também prometeu retomar o Prêmio Ipê, que investiu R$ 960 mil em 152 projetos culturais em 2021, antes de ser extinto.
Conservação de espaços culturais e apoio a feiras
Outro compromisso da candidata é a conclusão de obras culturais paradas, como o restauro da rotunda e a integração do Complexo Cultural Ferroviário. Rose planeja transformar o local em um Centro de Música e espaço para a Banda Municipal. “Vamos concluir também a obra do Teatro do Prosa e retomar a obra de restauro da Morada dos Baís, além de realizar a revitalização da Praça dos Imigrantes”, completou.
Rose destacou ainda o papel das feiras na cidade, afirmando que a prefeitura será parceira dessas iniciativas. “Vamos apoiar a iniciativa e não dificultar, como vem acontecendo”, garantiu.
Para revitalizar o centro da cidade, a candidata defende a promoção de eventos culturais, shows, gastronomia e esportes nas praças, com a participação de artistas locais. Rose também sugeriu a inclusão de artistas com mais de 60 anos em programas culturais municipais, com projetos como o Noite da Seresta voltado para essa faixa etária.
Carnaval e apoio a blocos e escolas de samba
Sobre o Carnaval de Rua, Rose Modesto afirmou que o evento é importante para movimentar a economia local e precisa de maior apoio da prefeitura. “O carnaval de blocos na esplanada só acontece por conta da iniciativa privada e dos coletivos. A prefeitura precisa ser corresponsável, apoiar a iniciativa desde a organização à infraestrutura, com banheiros e segurança, por exemplo”, comentou.
Ela também mencionou a necessidade de estruturar melhor a Liga das Escolas de Samba de Campo Grande (LIENCA), sugerindo que a prefeitura forneça apoios com maior antecedência para a confecção de materiais e infraestrutura, como na Praça do Papa. “É importante compreender que a Liga precisa de aportes com maior antecedência porque a confecção dos materiais começa muito antes. É preciso estruturar melhor a Praça do Papa”, avaliou.
Segundo a candidata, o carnaval em Campo Grande movimentou cerca de R$ 22 milhões em serviços, com um crescente público do interior do estado. “O interior começou a vir à capital para o carnaval dos blocos”, concluiu Rose.
21 novembro, 2024
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