Bebê de um ano morre de leishmaniose visceral em MS

Divulgação/PMTL

Foi registrado em Corumbá o primeiro óbito provocado pela leishmaniose visceral neste ano. A vítima foi uma bebê de 1 ano e 9 meses, que deu entrada na Santa Casa do município com febre, palidez, êmese e plaquetas baixas, sintomas que persistiam há aproximadamente 10 dias. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) confirmou o teste positivo.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, no ano já foram notificadas 37 ocorrências, sendo 33 negativas, 3 positivas e 1 em análise. O Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde (CIEVS), que faz parte da Gerência de Vigilância em Saúde, reforça a importância do diagnóstico precoce da doença, que possui tratamento e cura na maioria dos casos.

Durante todo o ano, a Secretaria realiza ações para conscientizar a população sobre a transmissão da doença, o manejo ambiental para controlar o vetor e a responsabilidade na guarda dos animais de estimação. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) disponibiliza testes rápidos para animais suspeitos da doença. Para realizar o teste, basta levar o cão ao Centro de Controle.

Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença grave que afeta animais e seres humanos, causada pelo protozoário Leishmania chagasi e transmitida pela picada Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como mosquito-palha. Em humanos, a leishmaniose se caracteriza como uma doença crônica e sistêmica, apresentando febre de longa duração, perda de peso, fraqueza, anemia, aumento do baço e do fígado. Quando não tratada, pode levar ao óbito em mais de 90% dos casos.

Nos cães, principais reservatórios e fontes de infecção em áreas urbanas, a doença se manifesta com febre irregular, apatia, perda de peso progressiva, descamação e úlceras na pele (especialmente no focinho e nas orelhas), conjuntivite, paralisia das patas traseiras, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas.