Por Redação | 27 outubro, 2020 - 15:54
Você viu no O Sul Mato Grossense, na Hora do Tereré, a destruição pelo fogo do ninho de tuiuiú que existia há mais de 40 anos na copa de um ipê roxo, ao lado da BR-262, no Pantanal de Corumbá.
Parada obrigatória para turistas e local de muitas memórias para moradores, o ninho de tuiuiú às margens da rodovia foi reconstruído. Não no pé de ipê que antes suportava o ninho, mas ao lado. Não de forma natural, mas com todos os cuidados e características do antigo, como forma de atrair a ave símbolo do Pantanal.
Esse ninho era observado desde a década de 1980, quando o traçado da rodovia por pouco não o atingiu. Localizado entre o Buraco da Piranha e a ponte sobre o Rio Paraguai, num raio de 50 km, comprovou o que dizem os cientistas: os tuiuiús são fiéis ao local de nidificação. Por décadas, se reproduziram no mesmo local, com os filhotes se tornando um atrativo entre os meses de setembro e novembro. No ano passado, nasceram quatro deles.
Agora, depois da sua destruição, ocorrida em setembro (início da reprodução da espécie), especialistas em natureza tiveram a feliz ideia de criar uma alternativa para substituir a estrutura criada sobre trançados de gravetos. Como o tronco da árvore foi comprometida, o biólogo Walfrido Tomas, da Embrapa Pantanal, sugeriu à Fundação de Meio Ambiente de Corumbá o projeto alternativo, que foi aprovado com a construção de uma torre, ao lado.
Com a parceria da empresa Energisa, a estrutura de concreto com 12 metros de altura vai dar suporte ao ninho artificial metálico, que ganhou material inicial (gravetos) para induzir o casal de tuiuiús a reconstruí-lo e adotá-lo. Tomas se inspirou nos ninhos artificiais na Europa, onde são comuns, e no projeto das araras azuis conduzido pela bióloga Neiva Guedes. “Não há experiência prévia com essa espécie, então vamos aguardar”, diz ele.
25 abril, 2024
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