Por Redação | 6 julho, 2022 - 16:58
O IBGE divulgou nesta quarta-feira (06) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua – PNAD Contínua, que objetiva quantificar os fluxos de turistas nacionais entre as diferentes regiões do País e para o exterior. O tema Turismo vem sendo investigado na PNAD Contínua desde 2019, através de um convênio entre o IBGE e o Ministério do Turismo.
O tema Turismo fez parte da PNAD Contínua nas segundas entrevistas ao longo dos anos de 2020 e 2021. Em 2019 a pesquisa foi a campo no terceiro trimestre do ano, sempre captando as viagens ocorridas nos três meses anteriores à entrevista. É importante ressaltar que os anos de 2020 e 2021 foram marcados pela pandemia da COVID–19 e portanto, os resultados podem refletir uma mudança de comportamento em decorrência das restrições impostas pela crise sanitária.
No estado de MS, em 2020, dos 926 mil domicílios investigados, 153 mil (16,5%) responderam ter realizado ao menos alguma viagem que havia sido finalizada nos três meses anteriores à entrevista. Em 2021, esse resultado foi de 131 mil (14,2%). No ano de 2019, este percentual havia sido de 21,8%.
A nível Brasil, em 2020, dos 71,0 milhões de domicílios brasileiros, 9,9 milhões (13,9%) referiram ter havido ao menos alguma viagem que havia sido finalizada nos três meses anteriores à entrevista. Em 2021, dos 71,5 milhões de domicílios brasileiros, 9,1 milhões (12,7%) declararam ter havido alguma viagem nos três meses que antecederam a entrevista.
Em MS, para 34,4% das pessoas o motivo de não viajar foi por não ter dinheiro
Os resultados mostraram que, no Brasil, foram 61,1 milhões de domicílios onde não foram registradas viagens dos moradores em 2020. Em 2021, registrou 62,4 milhões de domicílios onde não foram registradas viagens dos moradores nos três meses que antecederam a entrevista. Em Mato Grosso do Sul foram 773 mil domicílios em que nenhum morador viajou nos últimos três meses em 2020. Já em 2021 esse número aumentou para 796 mil domicílios.
Quando perguntados sobre o principal motivo pelo qual nenhum morador do domicílio havia viajado no período em 2020, 33,3% alegaram ter sido por falta de dinheiro (em 2021 foram 30,5%), 9,6% por falta de tempo (8,3% em 2021) e 19,2% por não ter havido necessidade (20,8% em 2021). Para MS temos os seguintes números:
Aqui vale sublinhar que a categoria “Outro”, visto no quadro acima, ficou superdimensionada por causas relacionadas a crise sanitária como necessidade de afastamento social, impossibilidade de pegar voos ou mesmo por ter sido infectado pelo vírus no período investigado.
Visitas para familiares e amigos é a principal razão para viagens na categoria motivo pessoal
Em relação ao motivo das viagens realizadas, de acordo com as informações obtidas nos domicílios sul-mato-grossenses, os padrões pouco se alteraram nos anos analisados. Em 2020, 83,6% das viagens ocorreram por finalidade pessoal e em 2021 o percentual foi de 82,1%.
Dentre os motivos de viagem pessoal, em 2020, 53,5% declararam ter viajado em razão de visitas ou eventos de familiares e amigos, 20,5% tratamento de saúde ou consulta médica (incluindo internações para tratamentos ou cirurgias e atendimento psicológico) e 20,9% por lazer. No ano de 2021 a visita ou evento de familiares e amigos caiu para 47,5%, tratamento de saúde e consulta médica foi de 23,1% e lazer subiu para 22,7%.
No Brasil, a investigação sobre o número de participantes de cada viagem apontou que tanto em 2020 como em 2021, em torno de 89,0% das viagens eram compostas por até três moradores do domicílio. As viagens por finalidade profissional se caracterizaram por, na maior parte das vezes, ocorrer com apenas um viajante, enquanto nas viagens por finalidade pessoal predominaram as viagens com um a três viajantes.
Casas de parentes e amigos são os principais locais de hospedagem
Como principal local de hospedagem, a casa de amigos ou parente superou as demais modalidades, representando, em 2020, 54,6% e, em 2021, 51,4%. Em segundo lugar ficou a opção hotel, resort ou flat.
Em âmbito, as pousadas não apresentaram participação elevada, entretanto, na análise regional, as viagens para o Rio de Janeiro, cuja hospedagem ocorreu em pousadas, alcançaram dois dígitos (11,9% em 2021), seguido por Santa Catarina (10,1%). Nas demais Unidades da Federação esta participação foi pouco relevante. Na comparação, Mato Grosso do Sul figura na 23ª posição no ranking de hospedagem em pousadas (3,1%).
Em MS, o carro foi o principal meio de transporte utilizado em viagem
O carro particular ou de empresa foi o principal meio de transporte utilizado em viagem (70,3% do total), seguido por ônibus de linha (8,9%) e o avião (8,3%), em 2020. No ano de 2021, a distribuição das modalidades de transporte mais utilizadas passou por uma pequena variação, sendo as três primeiras: carro particular ou de empresa (62% do total), seguido por avião (10%) e ônibus de linha (9,5%). Nos dois períodos analisados, motocicleta foi o meio de transporte menos utilizado em viagens.
No Brasil, o avião não teve forte participação nas viagens com finalidade pessoal (12,9%), mas foi destaque nas viagens profissionais (30,5%). A utilização de ônibus diminui conforme aumenta o rendimento domiciliar e a do avião segue o caminho oposto.
24 novembro, 2024
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