Estamos em abril de 2025, e algo importante está acontecendo nas prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso do Sul — e de todo o Brasil. É o momento em que começam a nascer os planos que vão definir como o dinheiro público será usado nos próximos anos: o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2026, o Plano Plurianual de 2026 a 2029 e a Lei Orçamentária Anual de 2026.

Pode parecer coisa de burocrata, mas acredite: essas palavras complicadas decidem se a rua da sua casa vai ter asfalto, se o posto de saúde vai ter remédio, se a escola dos seus filhos vai ter merenda. E sabe o que é mais incrível? Você pode — e deve — ajudar a escrever essa história.
Imagine o orçamento público como o dinheiro que você administra em casa.

O Plano Plurianual, ou PPA, é aquele sonho grande, de olhar para os próximos quatro anos e decidir: “Quero uma creche nova no meu bairro, um hospital mais bem equipado, ruas que não alaguem toda vez que chove”. É o que dá direção ao município, um compromisso que a Constituição Federal exige para que ninguém gaste sem pensar no amanhã.

Já a LDO é como um mapa para o ano que vem, 2026. Ela diz o que é mais urgente — talvez reforçar a educação ou construir redes de saneamento — e coloca regras para evitar desperdício, algo que a Lei de Responsabilidade Fiscal cobra com rigor.
E a LOA? Essa é a parte prática: ela pega o dinheiro dos impostos e carimba direitinho onde ele vai parar — no salário dos professores, na coleta de lixo, na iluminação da praça etc.

Esses três planos são como uma família. Um não vive sem o outro. Se o PPA falha, o município vira um barco sem rumo. Se a LDO não for clara, o orçamento não será bem definido. E sem a LOA, as boas ideias ficam só no papel. Quando bem feitos, elaborados com a técnica certa, eles transformam o que você paga em impostos em qualidade de vida. Mas, quando mal planejados, viram buracos nas ruas e filas nos postos de saúde.

Pense por um instante na sua rotina. Já passou por uma rua esburacada e reclamou? Ou ficou bravo porque a escola do seu filho estava sem material? Isso tudo tem a ver com esses planos. O orçamento público não é só papelada — ele mexe com o dia a dia, com o futuro de quem você ama.

E aqui vem a parte mais importante: nada disso acontece sem você. A lei manda que prefeitos e vereadores ouçam o povo antes de aprovar esses planos. É o que dizem o Estatuto da Cidade e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Tem audiências públicas para isso, mas, se ninguém aparece, adivinha? Os gestores decidem sozinhos. Sem a participação popular, é comum que as decisões priorizem obras de maior visibilidade, mesmo quando outras necessidades são mais urgentes para quem vive nos bairros.

Você já parou para pensar no poder que tem? Participar dessas decisões é dizer: “Eu pago impostos e quero escolher onde eles vão parar!” É garantir que o hospital funcione, que a escola tenha professor, que o lixo não acumule na esquina. É ser dono do seu direito de cidadão.
E não é tão difícil: vá às audiências, leve sua ideia, sua reivindicação, cobre os vereadores. O futuro do seu município em 2026, e até 2029, começa agora — e precisa da sua presença desde já.

Estou há mais de 25 anos ajudando prefeituras e câmaras a transformar planos em realidade, e sei que gestão boa é gestão com participação do povo.
Por isso, deixo aqui um convite sincero e direto: não fique de fora. Não entregue seu futuro para os outros decidirem. Participe. Questione. Proponha. Fiscalize. Faça sua voz ser ouvida.

Se precisar de um guia nesse caminho, minha experiência está aqui para apoiar o seu município. Porque acredito de verdade: um orçamento bem feito, com você no comando, muda realidades, muda destinos — e muda, para melhor, a história da sua cidade.

Grande abraço,
Herbert Assunção.