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Apesar do preconceito, mulheres brilham nas mesas do poker em Campo Grande

Na capital sul-mato-grossense, o Green Table Poker Club recentemente promoveu um torneio exclusivo para mulheres, intitulado "Ladies"

Por Viviane Freitas | 24 novembro, 2023 - 12:19

Reprodução

Embora o poker seja frequentemente associado a um cenário dominado por homens, a realidade é outra para aqueles que conhecem verdadeiramente o universo do jogo. Em todo o mundo, mulheres têm alcançado sucesso nas mesas de poker, e o Brasil, como representante de destaque nessa modalidade, conta com talentosas jogadoras, incluindo Carol Dupre, Milena Magrini, Lali Tournier e Vivi Saliba, entre outras.

Na capital sul-mato-grossense, o Green Table Poker Club recentemente promoveu um torneio exclusivo para mulheres, intitulado “Ladies”, proporcionando às jogadoras a chance de competir por premiações em dinheiro e troféus. A competição contou com a participação de diversas jogadoras, e as 10 finalistas foram homenageadas, sendo que as três primeiras colocadas e a grande campeã foram destacadas em galeria de fotos.

Leonardo Vinci, conhecido como “Poter” e diretor de torneios do Green Table, ressaltou o crescimento do número de mulheres praticando o poker em Mato Grosso do Sul. O torneio exclusivo para mulheres foi uma forma de homenageá-las, reconhecendo suas habilidades e proporcionando um ambiente de competição justo. Vinci destacou que, embora as jogadoras enfrentem desafios diários nas mesas de jogos mistas, a intenção é realizar mais torneios exclusivos para atrair ainda mais mulheres para o poker.

O poker é um esporte que não faz distinção de gênero, proporcionando igualdade de condições para homens e mulheres no campo das habilidades cognitivas e inteligência emocional. Considerado por muitos como o esporte do século XXI, o poker cresceu significativamente nos últimos dez anos, atraindo pessoas de todas as idades, profissões e gêneros.

Apesar do sucesso do poker, o preconceito persiste como um desafio para o desenvolvimento do esporte. Contudo, desde 2009, o poker é regulamentado pela Federação Internacional de Poker (IFP), recebendo reconhecimento internacional como esporte mental. No Brasil, a Confederação Brasileira de Texas Holdem (CBTH) desempenha um papel essencial na regulamentação e promoção do poker.

A campo-grandense, Vanessa Yoshida, detentora de quatro troféus do Green Table, compartilhou sua jornada desde a adolescência até se apaixonar pelo poker. Ela destacou como a participação em torneios de grande porte a fez enxergar o jogo de uma maneira única, consolidando seu envolvimento regular nas mesas de poker. ” Desde criança, sou fascinada por jogos eletrônicos e de cartas. Aprendi ainda muito jovem a jogar cacheta; na adolescência e nos tempos de faculdade, joguei muito truco… O poker, aprendi a jogar na internet quando tinha por volta dos 16 anos. Comecei jogando com dinheiro fictício e às vezes reuníamos os amigos para jogar na casa de alguém. Apesar dos resultados positivos na maioria das vezes, nunca me interessei tanto pelo jogo a ponto de jogar regularmente. Tudo mudou quando um amigo meu me convidou para participar de um torneio grande, onde vi o jogo de uma forma que nunca tinha visto. Para minha surpresa, classifiquei-me muito bem para um field daquele porte, e foi assim que comecei a jogar de forma regular e me apaixonar pelo poker”, conta ao OSM.

Outra jogadora, Maria Raro, explica ao OSM que conheceu o jogo através dos amigos. “Jogava na casa deles mas não sabia jogar direito. Eles me convidaram para ir no clube Green Table jogar um freeroll, e foi lá que comecei a entender o jogo. Nesse dia não tinha outra mulher jogando no clube, fiquei receosa porque antigamente mulher que ia em casa de poker era muito assediada né, mas foi muito legal, fui bem recebida, todos me trataram com muito respeito e também me ensinaram algumas coisas sobre o jogo”, conta.

Giuliago Ribeiro, gerente do Green Table Poker Club, abordou o preconceito ainda presente em relação ao poker. Ele ressaltou que, embora alguns estereótipos persistam, o poker tem se estabelecido como uma carreira para muitas pessoas. “Existem alguns preconceitos, mais hoje, o poker é encarado mais como um plano de carreira para algumas pessoas. Esta semana mesmo está acontecendo um evento em São Paulo que oferece milhões em premiações. Apesar de ser um jogo de estratégia, muita gente ainda o associa a um jogo de azar. Contudo, durante a pandemia, muitas pessoas, ao ficarem em casa, passaram a assistir ao jogo em alguns sites, inclusive sendo transmitido pela televisão. Isso fez com que a visão de alguns mudasse. Atualmente, conseguimos atrair jogadores desde o iniciante até o mais experiente, e temos vários jogadores que foram para fora do Brasil para jogar em outros países”, disse.

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