Daiana continua o legado da mãe e loja se torna fenômeno de vendas em Campo Grande

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Carregar o legado da mãe, que está há mais de quatro décadas no mercado, não é uma missão fácil, mas a filha, Daiana Doraci se empenhou e transformou uma modesta loja de gorros e meias em um em um fenômeno de vendas em Campo Grande. A loja já tem quase 200 mil seguidores nas redes sociais e já chegou a atender 14 mil pessoas em apenas um dia.

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Ao OSM Entrevista, Daiana explica que quem começou a loja foi sua mãe, Nice, em 1978. “Ela não parava. Estava grávida de 9 meses e foi fazer compras em São Paulo. Quando chegou em Campo Grande, na Belina do meu pai, entrou em trabalho de parto e foi direto para o hospital. Assim eu nasci”, lembra Daiana que herdou o espírito empreendedor da mãe.

Depois de vender gorros e luvas em uma cidade que na maior parte do ano é quente, Nice percebeu que poderia ganhar dinheiro com roupas, sem sair do bairro onde decidiu construir a vida. “Ela percebeu que levava jeito para as vendas e poderia ganhar a vida com isso e em 1985, inaugurou a loja para vender linguiça, acessórios para a casa e algumas peças de roupas”, relembra a filha.

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Daiana explica ao OSM que sua mãe teve dificuldade em tocar o negócio e não conseguiu acompanhar a evolução do mercado. “Ela passou por complicações na saúde e uma depressão severa a levou a falecer em setembro de 2007”, conta.

Mesmo abalados diante da perda, Daiana e o ex-marido, resolveram recuperar o negócio e acabaram triplicando o tamanho do empreendimento, sem perder a essência da mãe. Para ela, o sucesso do seu empreendimento não está no bom preço ou no autoatendimento, mas sim na aspiração empreendedora que herdou da mãe e visão de mercado. “É daqui que eu tiro meu sustento, mas não faço pelo dinheiro, faço por realização pessoal. A gente trabalha para trazer o melhor, de mais moderno e diferenciado para Campo Grande, porque a gente acredita no potencial da nossa cidade.”

Daiana conta que, para alcançar o sucesso, é preciso muito mais do que vender produtos em preço justo, é preciso ter visão à frente do mercado, buscar sempre por inovações e saber usar as redes sociais.

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Quando começaram a tocar o negócio, Daiana relembra que ela e seu ex- marido analisaram o mercado de Campo Grande e descobriram a possibilidade de atuar em um nicho com peças de qualidade e preço justo. “Estudando o mercado, vimos que a cidade atendia clientes com peças de roupas ou muito caras ou muito baratas, mas não atendiam o meio-termo.”

Ela relembra que ia para São Paulo toda semana em busca de novidades para a loja e promovia coquetéis às quartas-feiras para apresentar aos clientes as novas mercadorias. Hoje, como o mercado já mudou, a loja oferece mercadoria nova todos os dias. “Sempre buscamos por novidades de moda e inovações em gestão, tanto no Brasil como fora. É preciso ter visão no futuro, para o que vai ser tendência daqui cinco anos, para se manter no mercado”, diz a empresária.

Reformulando o negócio da mãe, Daiana chegou a ir a Nova Iorque e de lá trouxeram o novo modelo de vendas implantado em Campo Grande “Já passamos por mais de 20 países, sempre buscando novidades na moda e inovações em gestão. Meu irmão mora em Londres e colabora muito”, conta a empresária. “É legal ver como funciona lá fora. As lojas populares não eram de departamento e não tinham vendedores. Vimos que o autoatendimento funcionava e decidimos trazer para nossa loja também, o que é um diferencial.”

Há quatro anos, Daiana está sozinha a frente da loja e ao OSM ela descarta a possibilidade de sair do bairro onde cresceu. “Aqui está a nossa raiz. Minha mãe percebeu lá atrás que a região merece coisa boa e isso que vamos continuar oferecendo”, garante Daiana.

Para a empresária, a tendência no mundo da moda muda toda hora. “Quando você pensa que você aprendeu algo, tudo se revoluciona, já mudou milhares de vezes desde que iniciamos a loja”, conta.  Sobre o que é necessário para alavancar um negócio, a empresária diz: “Um pouco de sorte, dedicação e muita coragem”, finaliza.

A loja está localizada na Avenida Capibaribe, 494, em Campo Grande.