Gaeco aponta Neno Razuk como líder do jogo do bicho em MS

O deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), está sob investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), sendo apontado como o novo líder do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Operação Sucessione, o deputado Neno Razuk é indicado como líder da organização criminosa, enquanto o major Gilberto Luiz, apontado como gerente do grupo, tinha a responsabilidade de não comprometer o líder. Apesar do pedido de prisão temporária, negado devido ao foro privilegiado, a denúncia destaca a imunidade formal que impede a detenção do investigado parlamentar.

Conforme informações do jornal local, Midiamax, Neno Razuk realizava reuniões em uma casa adquirida por ele, onde membros da organização se encontravam regularmente. O grupo, especializado em atividades ilícitas, teria planejado roubos de malotes de concorrentes, resultando em ameaças e estratégias para ampliar sua influência no jogo do bicho.

A denúncia ainda destaca a expertise do grupo na realização de reuniões pessoais para discutir atividades criminosas, evitando rastros em dispositivos eletrônicos. O Gaeco indica a participação de policiais na organização criminosa, ressaltando sua especial periculosidade.

A operação envolveu pedidos de prisão temporária para diversos suspeitos, com 12 prisões convertidas em preventivas. A segunda fase da Operação Sucessione ampliou as investigações, incluindo alvos como Jonathan Gimenez Grance e Carlito Gonçalves Miranda, que foram objetos de busca e apreensão.

A organização criminosa, conforme apurado, tem forte penetração nos órgãos de segurança pública e conta com o envolvimento de policiais, revelando-se como uma ameaça significativa para a ordem pública. O deputado Neno Razuk foi alvo de mandado de busca e apreensão, enquanto quatro assessores foram presos, e o empresário José Eduardo Abdulahad teve mandado de prisão expedido. As investigações confirmaram a denúncia de servidores, vinculando a “guerra do jogo do bicho” com contravenção na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS).