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Descoberta de 43 esqueletos antigos em construção revela segredos de civilizações com até 7 mil anos

Achado arqueológico durante projeto habitacional desvenda história de milênios e transforma visão sobre civilizações pré-coloniais no Brasil

Por João Paulo Ferreira | 6 janeiro, 2024 - 12:13

Durante a construção de um condomínio residencial em São Luís, a equipe de arqueologia liderada por Wellington Lage fez uma descoberta significativa: 43 esqueletos humanos e aproximadamente 100 mil peças arqueológicas. O projeto, situado no bairro Vicente Fialho e conduzido pela construtora MRV, faz parte do programa federal Minha Casa Minha Vida.

Os achados incluem cerâmicas, ferramentas de pedra, carvão, ossos e conchas decoradas. As análises laboratoriais em andamento buscam determinar a antiguidade desses materiais. Este sítio arqueológico promete ser fundamental para a compreensão da história pré-colonial do Brasil.

Entre os vestígios, destacam-se esqueletos encontrados sob um sambaqui, sugerindo que pertencem a indivíduos de baixa estatura, fortes e cuidadosamente enterrados. Um vaso de cerâmica, possivelmente do tipo Mina, sugere uma datação de 5 a 7 mil anos atrás, evidenciando a tradição ceramista amazônica que remonta a 8 mil anos.

A área de São Luís é conhecida por sua ocupação antiga, com mais de 7 mil anos, conforme indicam estudos anteriores. Sítios arqueológicos similares foram descobertos durante outras obras de engenharia na região.

Após a remoção dos artefatos, a área abrigará quatro condomínios com nomes caribenhos, parte do projeto de habitação que visa diminuir o déficit habitacional e gerar empregos.

A pesquisa arqueológica, iniciada em 2019, segue em andamento, e os resultados das análises podem levar meses para serem concluídos. O estudo mais detalhado dos artefatos e esqueletos promete revelar mais sobre as práticas funerárias e a vida dos grupos que habitaram a região.

Esqueleto encontrado na escavação. Pela análise inicial, se tratava de uma mulher de cerca de 1,46 metro de altura – Foto: Reprodução de Ana Luzia Freitas – W Lage Arqueologia

A MRV, responsável pelo empreendimento, colaborou com o trabalho arqueológico e está construindo um centro na Universidade Federal do Maranhão para guardar os itens encontrados. A legislação brasileira permite construções em locais de interesse arqueológico, desde que respeitado o licenciamento ambiental.

Os primeiros esqueletos foram descobertos em 2020, e observações iniciais sugerem a presença de adultos robustos e de baixa estatura. A bioarqueóloga Claudia Cunha destaca a importância de estudos adicionais para entender melhor essas comunidades antigas.

Os achados arqueológicos, incluindo esqueletos, serão alocados na UFMA, com a MRV investindo na preservação e na construção de um espaço adequado para abrigar esses importantes vestígios da história humana.

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