Em tempos de descrença generalizada na política e num momento em que a prefeitura de Campo Grande parece andar em câmera lenta, a Câmara Municipal de Campo Grande parece ser a luz no fim do túnel e a única esperança para o campo-grandense que espera por melhorias na coisa pública.
O presidente da casa, Epaminondas Neto, ou simplesmente Papy (PSDB) tem mostrado muito vigor ao comandar a Câmara. Jovem, bem articulado, carismático e resoluto, ele assumiu a chefia do Legislativo sem medo de colocar o dedo na ferida — e tem mostrado que sabe muito bem onde pisa. O que era visto como ousadia virou estratégia. E estratégia, aliada a trabalho, rende.Traduzindo: ELE TEM O MOLHO!
Em pouco tempo à frente da Casa, conseguiu o que muitos veteranos fracassaram em tentar: fazer a Câmara funcionar de forma harmônica, mesmo com um plenário dividido por ideologias e interesses. Em pleno 2025, unir políticos em torno do interesse coletivo beira o milagre — e Papy conseguiu isso na moral. Na base da conversa e boa política.
O resultado dessa união toda é uma legislatura que já começou com passos firmes: a abertura da CPI do Consórcio Guaicurus, um tema indigesto para o Executivo e que ficou engavetado por anos, por exemplo. O contrato do transporte coletivo é alvo de críticas da população há muito tempo, mas só agora começou a ser realmente enfrentado — e com respaldo popular.
Enquanto a prefeitura coleciona críticas por falta de ação e gestão sem pulso, a Câmara vive uma espécie de renascimento institucional. A avaliação da população melhorou, e os vereadores, mesmo com suas diferenças, têm trabalhado em sintonia. Nada mal para uma cidade acostumada a ver mais escândalo que solução quando falamos de Câmara Municipal.
Papy tem entrado pra jogar em partidas que valem a pena. Ele sabe fazer jogo de corpo e já provou isso ao deixar a turma "experiente" comendo poeira quando foi eleito presidente. Apesar da falta de apoio do executivo, o legislativo tem coloaborado frequentemente com a administração aprovando projetos importantes que tem garantido o funcionamento da gestão municipal, ainda que em passos lentos. Em outros termos, Papy tem conseguido unir apoiadores e opositores pelo bem de Campo Grande ainda que não haja gratidão e reconhecimento por parte do executivo.
Embora ainda falte tempo para o próximo pleito municipal, não está claro se Papy pretende disputar a prefeitura de Campo Grande. Mas é evidente que a cidade precisará de uma liderança com muito vigor e vontade de trabalho para reconstruí-la, diante dos desafios deixados pela atual administração de Adriane Lopes, que está sendo marcada pela lentidão em resolver os problemas e baixa aprovação popular.