Após duas fugas na Prisão de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, a agência responsável pela administração do sistema penitenciário ativou a vigilância de outra torre de observação. Isso ocorreu porque os detentos escaparam usando uma corda, aproveitando que apenas uma torre estava funcionando.
As fugas aconteceram na madrugada de segunda-feira (4) e os presos ainda não foram encontrados.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), André Luiz Santiago, relatou que a precarização das condições de trabalho dos funcionários facilitou a fuga. Ele mencionou que apenas uma das torres de vigilância tem policiamento e monitoramento eletrônico, sendo supervisionada por apenas um servidor por turno.
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que ativou o ponto de vigilância com um policial penal armado 24 horas por dia e providenciou adaptações para evitar que as torres fiquem desguarnecidas.
Apesar de admitir a limitação na segurança na muralha, o Estado nega que o sistema seja precário, afirmando que houve modernização do sistema de câmeras recentemente.
O Sinsap pressiona por mais agentes penitenciários e a realização de novos concursos. A Agepen argumenta que isso depende da aprovação da Lei da Polícia Penal e posterior concurso público, mas por enquanto, está realizando horas extras para suprir a demanda.
A fuga dos detentos ocorreu por volta das 3h30, pelo muro, com auxílio de uma corda. Quatro detentos usaram a corda para escapar, mas dois deles foram recapturados.
Douglas e Naudiney conseguiram fugir, enquanto os outros dois foram recapturados e colocados em isolamento. Naudiney possui um histórico de tentativas de fuga em outras unidades prisionais.
Informações sobre os fugitivos podem ser reportadas à Polícia Militar pelo número 190, com garantia de anonimato.