A precariedade na saúde pública de Campo Grande tem se intensificado, revelando um cenário alarmante de negligência e abandono. Em várias unidades, faltam desde insumos básicos até manutenção adequada em equipamentos essenciais. A ausência de uma gestão eficaz compromete diretamente o atendimento, afetando tanto os profissionais da saúde quanto a população que depende do serviço público.
A "bola da vez" é a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Carvalho, que há quatro meses aguarda a manutenção ou substituição de uma geladeira essencial para o armazenamento de vacinas. A demora tem forçado os funcionários a improvisarem, utilizando um cooler para conservar os imunizantes — o que coloca em risco a eficácia das vacinas, já que o equipamento improvisado não permite o controle preciso da temperatura.
A geladeira danificada é fundamental para garantir a integridade das vacinas, cuja conservação deve seguir padrões rigorosos de temperatura. Segundo especialistas, variações térmicas podem comprometer a eficácia dos imunizantes, tornando a vacinação ineficaz e, em alguns casos, até perigosa.
Apesar das constantes solicitações feitas à Secretaria Municipal de Saúde, nada foi feito até o momento. A situação da UBS da Vila Carvalho é um retrato de um problema mais amplo enfrentado pela rede municipal de saúde, marcada pela falta de investimentos e por uma gestão ineficiente que não consegue dar respostas rápidas a questões básicas.